quinta-feira, 31 de março de 2011

Teste da Sabedoria

Eu vi isso no blog Lado Nerd e gostei, por isso estou passando aqui pra vocês. Eu não vou explicar muito bem. Vamos chamar de um teste da sabedoria. Eu já saquei o esquema, o resultado postarei quando a Larissa Correa, dona do Blog, postar no dela, pra confirmar.


Uma certa vez assassinaram os pais de duas irmãs que se chamavam Leah e Jane. No funeral dos pais delas apareceu um moço do qual Leah se encantou. Eles namoraram por uma semana, e  depois disso o rapaz sumiu. Dois dias depois Leah matou sua irmã Jane.

Me diga, porque Leah matou a irmã?


RESPONDA NOS COMENTÁRIOS, RESULTADO EU POSTO SEMANA QUE VEM!

#2 Vídeo Engraçado

Isso aconteceu há alguns dias na escola, kkkkkkkkkkkkkk, rimos muito. O idiota que grita "tô no youtube" sou eu. Huahsuhaushaus

Destino Cruel - Cap. 14

Dois meses se passaram, e as coisas estavam muito bem com o bebê, que já começava a empurrar a barriga de Adriele. Pegamos o ônibus coletivo, e fomos para a clínica, chegando lá, esperamos um pouco, e entramos dentro da sala. Nos apresentamos ao médico, que não falou muita coisa.

- Bom, eu vou precisar de um exame de DNA do bebê, da mãe e do pai, para confirmar que o filho é seu, Lucas.
- E pode não ser? - perguntei assustado.
- Não, é uma coisa rara, mas só pedimos por precaução, vocês não são os únicos, todos os casais terão filhos, fazem o exame, segurança, apenas.
- Mas o bebê está dentro da barriga ainda, como faremos esse exame? - Perguntou Adriele.
- Hoje, com o avanço tecnológico, já é possível fazer o exame com o bebê ainda no ventre. Eu vou passar esse papel pra vocês, e entreguem na recepção, a moça irá agendar o exame aqui mesmo na clínica. - falou ele, anotando algumas coisas no papel.

Então, fomos até a recepção, entregamos o papel, a moça mexeu um pouco no computador, e falou:

- Está marcado para a próxima segunda!

Então, fomos pra casa, passando a semana de forma normal, como sempre. Já na segunda do exame, voltamos a clínica, fizemos, e passamos mais uma semana a espera do resultado. Voltamos lá, para pegar o papel onde estava o resultado. Levamos pra casa. O Larry, havia saído, e estávamos a sós.

- Aqui diz que o filho é realmente meu - falei - mas que eu e você somos do mesmo sangue.

De repente, eu tive uma onda de arrepios em meu corpo. Fiquei literalmente paralisado, e comecei a ter novamente flashs.

"Corpo de Adriele, a mãe do garotinho, não foi encontrado, ela tinha dezoito anos", falava o médico.
"Ou tem, dezoito anos, falou outro".


- Por que? - Gritei. - Por que você não me falou que com treze anos você já tinha ficado grávida? Por que? Meu Deus, por que? - Gritei, chorando.
- O que você está...
- Não mente pra mim! - Falei, dando um tapa na cara de minha própria mãe - VOCÊ É MINHA MÃE!
- P...
- Meu Deus, por que isso comigo? Por que?
- Cala a boca! - gritou ela - deixa eu explicar! - falou, também chorando.
- Vai, fala, falaaaaaaaa! - gritei.
- Eu não sabia de nada. Eu não sabia que você era meu filho. Eu não sabia! - gritou ela.
- E por que você me abandonou? Por que?
- Quando vimos o carro explodir, eu e seu pai pensamos que todos estavam mortos, então, fugimos do mundo, fugimos da vida.
- Eu transei com você, e agora, eu vou ser pai do filho de minha própria mãe. Por que merda você não ligou quando me teve da primeira vez? Você tem idéia da situação em que estamos? - gritei, chorando. - Você tem idéia? E agora? O que vamos falar pra esse bebê?
- Só temos uma saída.
- NÃO - gritei - eu não vou tirar a vida de uma criança, que não tem nada a ver com isso. Meu Deus, como isso pôde acontecer?
- O que você estava fazendo com a Layane em Salvador?
- NÃO IMPORTA! NÃO IMPORTA! Você, está grávida, de seu, próprio filhoooooooo! Gritei!
- É isso mesmo que eu ouvi? - perguntou Larry, entrando dentro de casa - você é a mãe do Lucas? A mãe biológica?
- É - gritei - é isso mesmso, eu tranzei com minha mãe, satisfeito? E agora, ela está grávida de mim! De seu próprio filho. Cadê meu pai? Cadê? - Gritei jogando o abajú na parede.
-  PARA! Seu pai está morto! MORTO, ele morreu de uma doença lá em Salvador.
- Eu não acredito no que estou vendo! - falou Larry.
- SAÍ DAQUI LARRY, SAI - Gritei, empurrando o sofá no chão, e quebrando o vaso de flores.
- Para - gritou Adriele.
- Para nada. Me deixa, me deixa em paz! Gritei!

Saí na rua, e de repente tudo começou a girar. A noite chegou, e quando deu o sono, deitei no banco da braça, e dormi.

No dia seguinte, pensei que tudo não havia passado de um pesadelo, mas quando percebi que era a mais pura realidade, comecei a chorar novamente. Eu precisava de alguém, alguém pra me acolher, e me consolar, alguém que dissesse que tudo ia passar. De repente, eu avistei a Layane de longe! Ela estava de mãos dadas, com um cara, passeando. Vi também, uma faca, bem próxima de mim. Peguei ela, e diante daquele sol ardente da manhã, a mirei para meu peito.

Continua...

quarta-feira, 30 de março de 2011

Destino Cruel Cap. 13

De repente, saiu duma porta, um homem com cara de cansado, triste e sozinho. As rugas estavam cada vez mais visíveis.

"Olha só o que a solidão fez com ele", pensei comigo.


- Quem é? - perguntou Larry, com a voz mais cansada ainda.

Quando ele me viu, veio o mais rápido que pôde, para me abraçar. Eu não retribui, mas fiquei com pena, muita pena.

- Lucas. Lucas meu filho, me perdoe! Em nome de minha alma e do meu coração! Eu juro que me arrependo das maldades que pus em tua vida! Olha só pra mim! Estou cada dia mais velho, pagando pelo que fiz. Perdoe-me.
- Eu acho que você não irá querer meu perdão quando souber o que tenho pra te falar.
- Meu filho, fale, eu só quero que me perdoe, por favor, estou sofrendo demais.
- Eu vou ser pai, e trouxe a Adriele, minha mulher, para poder sustentá-la.
- E qual o problema Lucas? Pode vir o mundo morar aqui junto com você, eu só preciso do seu perdão! Eu posso te dar meus parabéns?
- Não! Não preciso deles. - Falei, lembrando-me da vez em que a Anny falou exatamente isso comigo quando ela descobriu sua gravidez.

Quando olhei pra trás, percebi que a Adriele estava pasma. Mas também, né? A cena que ela estava vendo, era de ficar de queixo caído. Um velho, ajoelhado e aos choros na frente de seu filho, que deu a volta por cima em relação a sua infância, pedindo perdão!

- Não importa! Eu só quero teu perdão! Por favor!

De repente, a minha pena foi se transformando em carinho por aquele velho homem que eu abandonara há quase nove anos. Meu coração mandava eu aceitar as desculpas do Larry.

- Eu te perdoou. - E alguns segundos se passaram. - PAI! - gritei.


Depois, eu o abracei também aos choros.  

Continua...

Falsidade alheia


Hoje em dia, ser amigo de alguém, e contar seus segredos, é como diria a gíria bahiana, "barril". Eu não sei como muitas vezes somos capazes de cair no poço da falsidade alheia com nossos "amigos", entre aspas, literalmente. Amigo, é aquele que sai da sala de aula com você quando você é expulso, e não aquele que diz: "foi por isso que ... não te quis", na frente de todos, pra quem quiser ouvir. Amigo, é aquele que deixa de prestar atenção na aula pra te consolar com frases de outros que muitas vezes machucam. Amigo, é aquele que não te deixa de lado nas horas que você mais precisa, e não aquele que fala conosco apenas nos momentos de felicidade. Amigo, amigo mesmo de verdade, muitas vezes pode ser quem você menos imagina.

Peterson Macêdo

Destino Cruel - Cap. 12

Duas semanas se passaram. Nesse meio tempo, confirmamos a gravidez através de exames. Os problemas que um filho nos trás começaram a aparecer.

- Como iremos criar essa criança? Não temos nem dinheiro para nós - falou Adriele na janta.
- Eu estava pensando em voltar para casa de meu pai que te falei semana passada, ele pode nos sustentar.
- Nossa, você é assim interesseiro, amor?
- Não, de jeito nenhum, apenas não tenho pena dele, e ele me registrou como filho quando fui adotado, ou seja, ainda tenho direito ao dinheiro dele, mesmo sendo de maior, ainda sou filho dele.
- Entendi! Parece que essa será a unica saída mesmo. Você se lembra onde é sua casa pelo menos?
- Eu era pequeno, mas lembro. Quando fugi, tinha dez anos.
- Então que dia vamos?
- É só comprar a passagem, e arrumar as coisas - falei.
- E a minha casa? Como fica?
- A gente aluga, por via das dúvidas!
- Tá bom então!

E então, passaram-se mais sete dias, e nos preparamos para ir embora. Alugamos a casa, os móveis, colocamos na garagem da amiga de Adriele, que morava ao casa ao lado, e partimos. Chegando novamente a São Paulo, já de noite, me esforcei um pouco para lembrar onde era a casa do Riley, quando lembrei, pegamos um ônibus coletivo, e fomos. Tocando a campainha, atendeu uma menina linda! Ela parecia ter quinze anos.

- Quem é você? - Perguntou ela.
- Oi, não lembra de mim? O Lucas, eu era colega do Riley na infância.
- Você? - Gritou ela - Meu Deus, você! Você está bem? Quem é essa?
- Sim, estou, essa aqui é minha namorada, você é a Natália?
- Yes - falou ela - entra.


Então, eu entrei com a Adriele. Tudo ali havia mudado.


- O Riley está? - Perguntei.
- Sim, está, vou chamá-lo. - E ela entrou para um corredor. - Riley, tem visita, você vai gostar. - gritou Natália.
- Já vou! - Falou uma voz grossa. Nossa, como tinha mudado o meu colega.


E então, se aproximava de mim com outra mulher um cara enorme. Era ele o Riley? Ele e a mulher estavam de mão dadas.


- Quem é você? - Perguntou ele.
- Não lembra de mim? O Lucas.
- Não! Não pode ser. Lucas! 


Nos abraçamos. De repente, comecei a lembrar do meu passado ali, e as lágrimas desceram em meu rosto.


- Cara, como você mudou - falei. - Ela é sua namorada? 
- É sim, é a Katarina. Você também mudou muito. Como está sua vida?
- Oi Katarina - falei, apertando a mão da garota. - prazer.
- Oi - falou ela rindo - vocês eram amigos?
- Sim... É uma longa história - falou Riley.
- Mas enfim, só passamos para ver como estão. Estou voltando pra casa do meu pai. Falar em pai, cadê os seus pais?
- Estão trabalhando, ano que vem se aposentam. Por que seu pai? E sua mãe?
- Eu não te contei na época que ela morreu? No parto do filho.
- Nossa! Meus pêsames, bem atrasados.
- Não sinto tanto assim. Bom cara, vamos indo. 
- Está cedo, fica mais.
- Não dá, quero ajeitar logo nossas coisas aqui em São Paulo.
- Então tá - falou ele - vá lá, a gente se vê.
- Valeu - e nós nos cumprimentamos. 
- Vamos, amor?
- Vamos - falou ela.


Pegamos o ônibus coletivo, e fomos para a minha casa, que eu lembrava de cor onde era. Chegando lá, abri a porta, e gritei:


- Larry?


Continua...

terça-feira, 29 de março de 2011

É você quem eu amo


Se a verdade me ferir, minta! Me iluda pelo menos para consequentimente me dar uma chance, e eu demonstrar  o que sinto, talvez você até comece a gostar de mim. Mas, se a verdade me deixar alegre, não minta pra mim, não me aconselhe a ficar com alguém simplesmente para dizer que não sente nada por mim, por que é você quem eu amo, e é com você com quem eu quero ficar até o resto dos meus dias.

Peterson Macêdo

Destino Cruel - Cap. 11

Semanas foram se passando, e agora eu já não tinha mais medo. Nossa relação ficava cada vez mais forte. Desci para tomar café, e a chamei.

- Estou indo, amor.

Quando Adriele vinha em minha direção, de repente, desmaiou. Desesperado, levantei-me e coloquei sua cabeça em meu colo.

- Adriele! Adriele! Acorda!

Peguei um pouco de álcool no quarto, passei no algodão, e encostei perto de seu nariz.

- Amor, você está bem? - Perguntou, enquanto ela abria os olhos.
- Q... O que aconte... - E então ela começou a tossir e vomitar em minha roupa!
- Droga! E agora? Como vou ao trabalho? Você está bem? O que aconteceu?
- Estou bem. Eu não sei. De repente, tudo ficou escuro, e puf! Cai. - Falou ela, levantando-se, enquanto eu me limpava.
- Eu posso te perguntar uma coisa?
- O que?
- Em todo esse tempo que te conheço, nunca te vi fazer um exame, nem mesmo para ver como anda o açúcar no sangue. Estou indo no laboratório coletar o meu esta semana, você quer ir?
- Você quer dizer que eu posso está doente? Diabética talvez?
- Eu não disse nada, mas se você não fizer um exame, é isso que vai acontecer. Vamos comigo?
- Sim, que dia você está indo?
- Depois de amanhã!

A tarde chegou, depois a noite, e logo após, o dia novamente nasceu. Faltei ao trabalho para ir coletar o sangue com a Adriele.

- Vamos? - Chamei.
- Estou indo - gritou ela.

Depois de pegar um intenso trânsito no ônibus coletivo, finalmente chegamos ao laboratório.

- Lucas, pode entrar - falou a recepcionista.
- Obrigado.

Entrei dentro da sala, colhi meu sangue, e depois fiquei do lado de fora esperando a Adriele. Quando ela saiu, fizemos o pagamento, e quando iamos saindo, lembrei de perguntar a moça:

- Que dia pegamos o resultado?
- Em uma semana!

E então, uma semana se passou. Nesses dias, os vômitos e tonturas da Drica ficaram mais frequentes, mas em fim, iriamos saber se havia algo de errado com ela. Pegamos os envelopes, e levamos ao médico.

- Colesterol, açúcar, tudo bom. Nada de errado. - Falou ele.
- E então o que pode está acontecendo com a Adriele, doutor? Últimamente ela tem tido desmaios e vomitado frequentimente.
- Isso na maioria das vezes é sinal de gravidez?
- Que? - Gritou Adriele! - Eu grávida?
- Sim senhora, parabéns para o casal - falou o médico.
- Mas não pode ser - Falei - Eu vou ser pai!

E então, saí na rua falando para todos que eu iria ser pai!

Continua...

Destino Cruel - Cap. 10


Três anos se passaram, e a nossa vida era normal, como de qualquer casal. Eu por minha vez, tinha desistido de procurar meus pais, já que nesse meio tempo fui para no outro lado do mundo, literalmente, a procura deles. Sim, cheguei a ir para o Japão, já que informações indicavam isso, mas foi alarme falso. A Layane, mandou uma carta, que até aquele momento estava comigo.

Oi,

Eu estou muito magoada com você, e não deveria escrever para lhe dar satisfações, mas eu não sou de fazer essas coisas, mas meus pais aceitaram minhas desculpas, e agora estou vivendo uma vida de rainha, então, te mando para dar inveja. Eu queria entrar em contato com seu pai e sua mãe adotiva, para informá-los onde você está, eles devem está preocupados, escreva de volta.

Um tiro,
Layane. 

Eu não respondi a carta, já que meu pai não deviam saber de nada. Ri quando li a parte da "mãe adotiva". Eu lembrei que todos os cinco anos que vivi com ela, eu nunca havia contado que a Anny havia falecido no parto de seu filho. Ri mais ainda na parte do tiro. Ela estava mesmo com raiva de mim.

Adriele chegou do trabalho, jantou, e subiu pro quarto.

- Amor, venha cá - gritou ela.

Subi, e quando abri a porta, a vi deitada na cama, com uma fantasia sexual. Nos últimos tempo, sexo era um problema em nossa relação, já que, mesmo que eu fosse de maior, ou melhor dizendo, um adulto, eu ainda sentia que a hora não havia chegado, mas se naquele dia não acontecesse, brigaríamos, e aí, você já sabe. Era minha primeira vez, e eu não sabia por onde começar, então, eu deixei rolar.

Continua...

segunda-feira, 28 de março de 2011

Destino Cruel - Cap. 09


A noite chegou. Coloquei a roupa que Layane comprara com a ajuda das pessoas que por nossa sorte estava sendo de bom agrado, e fomos dar uma volta. Apesar de já ter vivido cinco anos daquela experiência, eu ainda tinha vergonha de sair na rua todo desleixado, assim como minha namorada.

Andando em direção a não sei onde, me bati com uma moça morena que estava cheia de livros. Linda! Literalmente linda! Parecia que atrás daqueles olhos, cintilava um brilho, um brilho lindo, um brilho maravilhoso. Meu coração começou a bater mais forte, eu não sabia por que, mas o fato de eu ser "mendigo", ou de eu ter uma namorada, ou de eu ter deixado uma família para trás, não importava mais. Era como se eu estivesse em um paraíso, onde nada de ruim acontecia.

- Desculpa! - falou ela.
- Oh, desculpe-me você - Falei, envergonhado.

Quando pegamos os livros e olhamos um para o outro, ficamos paralisados.

- Vamos, amor? - Chamou Layane.
- Ah, ah sim, vamos.

Quando estávamos andando, a mulher gritou:

- Espera!
- O que? - Perguntou Layane impaciente virando-se de frente para a moça.
- N...nada, desculpa.

Então, eu e a Layane fomos de volta para a ponte. Dormimos com jornais como cobertores, e com o nosso velho capote. A minha roupa mais nova, não dava para usar na hora de dormir, não é?

No dia seguinte, de manhã cedo, perguntei a Layane como iríamos tomar café.

- Da mesma forma de sempre! Pedindo esmolas. Eu me arrependo até hoje de ter fugido com você. Amor não está sustentando! Eu era feliz e não sabia.
- Agora não adianta mais discutir.

Passava uma moça. Eu não vi seu rosto, então, estendi a mão, e pedi através desse gesto algum dinheiro! Quando senti uma moeda em minha mão, agradeci levantando a cabeça.

- Você? - Perguntei.

Era a mulher da noite anterior. Novamente, meu coração bateu mais forte, e eu vi em seus olhos o brilho, que diante do sol era mais intenso e bonito.

- Você... É...
- Mendigo - Respondeu Layane - Algum problema? Eu também sou.
- N... não... Vocês querem ir pra minha casa? Parecem ser do bem, eu sinto quando as pessoas são do bem. Eu não teria encostado se vocês fossem ruins. - Perguntou a moça.
- Mas é claro - respondi.
- Que não! - Completou Layane.
- Layane! - Falei cutucando o braço de minha namorada.
- Quem mora lá? - Perguntei.
- Apenas eu.
- Podemos ir mesmo?
- Sim, podem, vamos?
- Layane, eu vou, e você também vai!
- Lucas - Protestou ela.
- Essa é nossa chance de melhorarmos de vida, vamos.
- Só não prometo luxo, tá? - falou a mulher.
- Tá bom, não há problemas.

E então, nos fomos para a casa da moça. Bem simples, mas de bom gosto. De repente me lembrei da vez em que fugi de casa com dez anos, e fui para a casa do Riley.

- É aqui! - falou ela - é aqui onde eu moro.
- Qual o seu nome mesmo? - Perguntou Layane.
- Adriele.

E então, meses e meses foram passando, até que eu comecei a despertar um novo sentimento pela Adriele. Sim, eu estava traindo sentimentalmente a Layane. Outro dia, eu me declarei para ela, e a beijei a força. Foi aí que a Layane chegou das compras, e nos flagrou.

- O que significa isso? - Perguntou ela.
- Layane, não, espere, Layane - falei enquanto ela ia ao quarto provavelmente arrumar as malas, e voltar para São Paulo, e ficar com sua família.
- Layane, por favor, espera. - Falou Adriele - Não é nada do que você está pensando.
- Eu não estou pensando não querida, eu vi - falou Layane.

E então, ela saiu pelas portas.

- Eu escrevo para te dar inveja da minha vida, seu sacana. - gritou ela.
- Layane - gritei.

Depois, ela não estava mais a vista.

- Droga! - Falei, sentando no sofá.
- Não fica assim Lucas! Eu esqueci de te dizer uma coisa.
- O quê?
- Eu também te amo.
- Mas eu tenho quinze para dezesseis anos, e você tem...?
- Vinte e seis.
- Olha só.
- Você já ouviu dizer que o amor não tem fronteiras?
- Mas eu não queria magoar ninguém, nem mesmo a Layane.
- Ela fez suas escolhas precipitadas, e vai arcar com suas consequências por isso, sejam elas boas ou ruins.

E ela me confortou em seu colo, fazendo o famoso "cafuné" da Bahia.

Continua...

domingo, 27 de março de 2011

Destino Cruel - Cap. 08


Cinco anos se passaram, e eu e a Layane continuamos juntos. Ela, sempre ao meu lado, e eu, sempre ao seu lado? Onde estávamos vivendo? Embaixo da ponte de Salvador, pedindo esmolas. Nós ainda estávamos com as mesmas malas, e nosso namoro cada vez mais forte. Eu me surpreendi comigo mesmo, de ter sobrevivido ao jogo da vida. Mas algo me dizia, que eu iria passar por muita coisa pela frente. Os pais de Layane até se manifestaram a procura dela, através de cartazes e anúncios da internet, mas enfim desistiram. O Larry, nem me preocupei.

Outro dia, ela começou a olhar um álbum de fotos que eu botara na mala há cinco anos, antes mesmo de eu ir para a casa do Riley, que eu nem sabia mais onde estava, e se estava vivo.

- Você não lembra nada, literalmente nada? - Perguntou ela.
- Não! - Respondi.
- E o rosto de seus pais, você se lembra?
- Não também. Só por essas fotos. Isso aí era quando eu tinha uns quatro anos, antes do acidente, minha mãe era muito nova, tinha uns dezessete anos, hoje, se ela estivesse viva, teria vinte e seis anos.
- Foi gravidez indesejada?
- Sim.
- E seu pai?
- Ele me assumiu na época, e toda a família aceitou a gravidez de minha mãe, apesar das circunstanciais, mas todos morreram no acidente - falei chorando.
- Você lembra do acidente?

Eu fiz uma cara mais triste ainda.

- Ai, desculpa, eu não deveria forçar amor, deve ser difícil pra você, principalmente na nossa situação atual, morando debaixo de uma ponte, sem estudos. - falou ela.
- Não há problemas. Na verdade, a cada dia, essas poucas memórias que tenho desaparecem mais facilmente. Mas do acidente, eu só lembro que todos voamos para fora do carro enquanto ele capotava na ribanceira, era bem de noite, dava pra ver bem pouco.

De repente, alguns flashs começaram a aparecer em minha cabeça.

O carro girava, girava e girava e nós voamos para fora d veículo, depois, eu só o vi descendo ladeira abaixo, e depois, só uma explosão.

"Os corpos dos pais do garotinho não foram encontrados, o que faremos com ele?", falava um médico para seu colega.
"Abrigo de menores"
"Será que todos morreram cremados?"


Depois, voltei ao presente. O presente sofrido.

- Eu lembrei! Lembrei!
- O que, amor?
- Meus pais, meus pais! Eles podem está vivos!
- Como assim, vivos?
- Sim, vivos. Eu me lembro que TODOS voamos para fora do carro, e depois só vi uma explosão. Depois no hospital, os médicos disseram que os corpos deles não foram encontrados, mas se eles ao menos tivessem sido cremados, pedaços do corpo ou cinzas seriam encontrados, eles podem está vivo, eu vou atrás deles.
- Mas como amor? Onde? Por onde começar?
- Eu não sei. De nada sei, nada, mas eu vou procurá-los, eles podem está vivos.

E de repente, uma esperança cresceu em meus peitos.

Continua...

Destino Cruel - Cap. 07

O dia seguinte a tarde, foi o dia do enterro de Anny e seu filho. O Larry ficou surpreso quando descobriu que o que eu havia falado, era verdade. Eu, preferi não ir ao cemitério, fiquei em casa, acessando internet. Conversando com a Layane, que eu tanto amava, me veio a idéia de fugir novamente de casa, mas fugir de forma diferente. Eu, não iria pra casa de ninguém, eu iria para outra cidade, se possível com meu amor, em outro lugar do mundo.

Lucas diz:
Amor, quer fugir comigo? 
Layane diz:
Está maluco?
Lucas diz:
Não! Quer?
Layane diz:
As coisas aqui em casa não estão indo muito bem, e eu já estava pensando em fazer isso.
Lucas diz:
Aqui também não, por isso mesmo que estou te chamando pra fugir.
Layane diz:
E pra onde vamos, e de que iremos nos sustentar?
Lucas diz:
Vamos sair por aí no mundo, mesmo sendo duas crianças, e nos sustentaremos de amor.
Layane diz:
Não é bem assim.
Lucas diz:
Só se você não quiser.
Layane diz:
Eu topo.
Lucas diz: 
Isso! Hoje a gente se encontra 15:00 na praça da cidade.
Layane diz:
Estarei lá!

Sem desfazer as malas do dia anterior, comecei a almoçar. O Larry chegando do enterro, perguntou:

- O que você está fazendo aqui?
- Na... nad...
- Olha garoto, eu não quero mais discutir com você. Queria te pedir desculpas pelas maldades que lhe fiz com a Anny. Agora que a perdi, não tenho ninguém. Literalmente ninguém, por favor, me perdoe, more comigo novamente.

Eu, não respondi, subi para o meu quarto, esperei chegar 15:00, e quando ele dormiu, eu parti, o deixando sozinho, com muito prazer de deixá-lo solitário! Por mim, ele morria alí, naquele momento. Eu não entendia, mas eu consegui perdoar a Anny e ele não.

Na praça da cidade, encontrei a Layane. Eu nunca tinha a visto pessoalmente, mas sim por foto. Era a mesma perfeita, a mesma garotinha de dez anos que eu conheci no computador. Ela me deu um beijo na bochecha, e eu fiquei duro.

- E agora, o que fazemos? - Perguntou ela.
- Sabe de uma? Eu não sei. Vamos pegar um ônibus para a Bahia, e ficamos lá. Se possível, debaixo da ponte, mas aqui em São Paulo eu não fico mais.
- Nem eu, vamos lá.

E então, fomos a rodoviária, e dissemos ao cobrador que nossos pais estava nos esperando na Bahia. A Layane havia pegado um dinheirinho, e eu tinha o suficiente para uma passagem, então, juntando nossas "esmolas", conseguimos viajar. E então, começava ali uma longa viagem.

Continua...

sábado, 26 de março de 2011

#3 Dica Literária

posso+te+dar+meu+coracaoDesde pequena,Pati queria conquistar o coração alegre,fogoso,entusiasmado de Alex.Timida,a menina só sabia sonhar com o dia em que Alex se aproximaria dela não mais como um simples amigo.Até que,na pequena cidade do interior de São Paulo,chega a linda Deanne.Basta olhar,e Alex descobre para quem deve ser destinado seu coração e todo seu carinho...
A partir daí,a imensa criatividade de Ganymédes José leva o romance para os caminhos da tragédia,culmlnando no mais lndo e surpreedente final!
A unica lembrança que tenho dele foi no cinema-eu teria uns 6 anos e ele me deu uma bala.Era um homem alto,de cabeça grande,cabelos grisalhos e voz grossa.sentava-se perto da tela.Acho que se acostumou a isso ao tempo em que regia a orquestrinha que tocava durante a apresentação de alguns filmes mudos.
Afilhado dele,meu pai falava com orgulho e respeito de seu padrinho.Impressionado,eu pensava em como tinha de ser inteligente aquele homem capaz de escrever livros e compor músicas.Por isso sempre sonhei em contar aos outros a história do músico do sertão cuja vida foi colorida como um arco-íris.
Casa Branca-como a maioria das cidades deste mundo em ebulição-tem memória curta e não prestigia os artistas que elevam seu nome.Aliás,rarissimas são as sociedades que dão à  Arte o valor que ela merece,e se o Maestro não hovesse ficado nessa terra para criar raízes,talvez hoje fosse tão conhecido como um Zequinha de Abreu,um Eduardo Souto ou outros compositores relativamente famosos da musica popular Brasileira.
Embora escrever um livro seja uma tentativa de resgatar a memória de Justino Gomes de Castro,não estou certo de conseguir muito.
Infelizmente,a avalancha de músicas estrangeiras que atualmente tumultuam nossos ouvidos atua como verdadeira lavagem cerebral,levando nossos jovens a se envergonhar e a se desligar dos valores de nossa terra.Assim é com constrangimento e revolta que observo a mídia louvar insistentemente medíocres músicos estrangeiros,sem reservar espaço para os nossos artistas,hoje esquecidos,que arquitetaram a bagagem cultural brasileira.E,como a maioria das pessoas se deixa passívamente hipnotizar pela mídia interessada em faturar,nossos vultos do passado tornam-se cada vez mais perdidos no esquecimento
Gostaria que o livro levasse o leitor a uma séria reflexão de vida e revisão de valores.Porque,se quisermos o engrandecimento de nossa terra,algo tem que ser feito-e penso que valorizar aqueles que abriram nossos caminhos é medida das mais urgentes.

Destino Cruel - Cap. 06

Desesperado, liguei para o hospital próximo, sem saber se ela estava dando a luz, ou perdendo o bebê.

- Anny, fala comigo - falei balançando-a, mas ela não reagia.

A ambulância chegou, e eu procurava em minha cabeça o número de Larry, que eu não via esse tempo todo. Quando lembrei, comecei a dicas rapidamente o número em meu celular.

- Moleque? O que é? Por que sumiu? Você está doido? Sua merda.
- Não é hora pra isso. Eu nunca vou te contar pra onde fui, e nada sobre o que aconteceu comigo nos últimos tempos. O fato é que quando eu estava voltando pra casa, me deparei com a Larry caída, gemendo e sangrando.
- Pare de mentir.
- É sério, eu juro.
- Não acredito.
- Eu não vou discutir com você. Sua mulher pode está correndo perigo e você não acredita em mim. - Alguns segundos passaram-se, e nenhuma resposta - Alô? - Foi aí que eu percebi: ele havia desligado.

A ambulância parou, e já havíamos chegado. Descemos, e os para-médicos a empurrou em uma cama de roda. Depois que entramos no hospital, eles sumiram com a Anny, e eu fiquei sentado na sala de espera. Eu por minha vez, me estranhava. Um garoto de dez a onze anos, esperando uma mulher que nem se quer ligava para mim. O tempo passou, passou e passou. A noite já estava chegando quando passava um médico.

- Doutor.

E ele veio até mim.

- Eu sou filho de Anny, paciente grávida que veio as pressas pra cá.
- Ah sim. Sei.
- Como está ela?
- O seu estado é complicado garotinho. Você é pequeno demais, não tem nenhum adulto para eu conversar?
- Eu posso falar com ela? - Pedi.
- Pode sim, mas não a faça forçar nenhuma parte do corpo.

E então, eu coloquei uma máscara e entrei dentro da sala onde encontrava-se a Anny. Ela estava deitada, e aparentemente respirava com a ajuda de aparelhos. Quando me aproximei, ela começou a mexer a boca, e conseguiu falar:

- Perdão!

Eu, pasmo, não tive reações. Ela estava me pedindo perdão! Mas ela não estava morrendo, não podia morrer.

- Perdão! - repetiu. - Me perd...

Depois, Anny fechou os olhos, e o aparelho ao lado começou a apitar.

- Socorro! Ajuda aqui - gritei.

Duas enfermeiras vieram, e começaram a dar choque nela. Depois, eu vi que a pressão foi para 0, e o seu coração não batia mais.

- Garoto, ela não resistiu.

As lágrimas começaram a cair sobre meu rosto. Sim, por mais incrível que pareça, eu estava chorando. Ela havia se arrependido do que fez, me pediu perdão, e eu não tive tempo de perdoá-la. Meu Deus, como as coisas estavam ficando ruins pra mim. Minha vida, estava de cabeça pra baixo, literalmente. E o que mais doía, é que o bebê também havia morrido.

Continua...

sexta-feira, 25 de março de 2011

Destino Cruel - Cap. 05

Cerca de oito a nove meses se passaram desde que eu havia ido para a casa do Riley, e nada havia me acontecido. Nem o Larry nem a Anny fizeram questão de me colocar nos procurados e nunca apareceram na escola, e eu já não sabia mais o que inventar para a dona Bruna e o Luís pra ficar lá por mais algum tempo. Eu estava na escola, e comecei a me sentir mal, por conta de um ovo podre que eu comi pouco antes de ir ao colégio.

- Não quer ir para casa? - Perguntou a professora.
- Pra falar a verdade, quero sim.

Então, o ônibus da escola me abriu uma exceção, e levou-me para a casa do Riley, que volta e meia eu já estava considerando minha. Os pais deles, já haviam ido trabalhar, e eu ia ficar em casa só. Quando abri a porta, ouvi o Luís conversando no telefone. Ele não havia ido ao trabalho?

- Então minha delícia! A gente se encontra hoje a noite, sim, lá naquele mesmo motel. A idiota da minha esposa não vai nem saber, vou falar pra ela que estou indo a uma reunião.

Como pôde aquele aparentemente bom moço fazer aquilo com a dona Bruna? Meu Deus, que horrível! Eu não sabia o que fazer, e então, entrei, enquanto ele ainda conversava.

- O que é isso? - Perguntei
- Isso o que, garoto? - Perguntou o Luís.
- Isso aí, de sua delícia. Você trai a dona Bruna, é isso mesmo?
- Você não devia está na escola? - Perguntou.
- E você? Não devia está no trabalho? - Rebati.

De repente, ele sumiu, e voltou com uma pistola apontada em minha cabeça, me surpreendendo, pois eu nunca esperava isso dele.

- Se você contar o que ouviu para alguém, vai se arrepender do dia em que veio pra cá!

Eu por minha vez, não tinha mais literalmente nada pra fazer alí. Subi, fiz minhas malas (ganhei uma da dona Bruna nesse tempo que fiquei lá), desci as escadas, e esperei no sofá o Riley e sua mãe.

- Riley, você já vai voltar pra casa? Quero dizer, seus pais já voltaram do exterior?
- Já sim, eu tenho que ir. Eu gostaria de agradecer um milhão de vezes a todos vocês por me acolherem aqui.
- Oh, garoto, mas por que já vai? - Perguntou Dona Bruna.
- Está na hora Dona Bruna. Cadê a Natália?
- A chata da minha irmã? Ainda não chegou da escola, mas eu falo pra ela que você já foi.
- Então tá gente, muito obrigado por tudo - falei.
- De nada meu filho, quer que eu te leve em casa? - Perguntou ela.
- Não, não precisa. Se importa de me emprestar um dinheiro pro Táxis?
- Não, toma, mas cuidado! - Falou Dona Bruna.
- Obrigado! Riley, na escola conversamos - falei.
- Tá bom cara, até mais.
- Tchau.

No carro, fiquei pensando como chegaria em casa, o que falaria, enfim, como iria viver dali por diante. Chegando, dei o dinheiro do taxista, e ele foi embora. Abrindo a porta de casa, me deparei com Anny com uma barriga maior que a de um gordo de 110kg, caída no chão, gemendo, e sangrando.

Continua...

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Destino Cruel - Cap. 04

Depois de combinar com o Riley, eu estava decidido: Iria fugir de casa. Eu não estava mais aguentando a ignorância dos meus pais, e a falta de atenção. Eu falei que passaria cerca de nove meses, e pedi para que ele não contasse aos seus pais que eu havia fugido de casa, e sim que meus pais haviam viajado a trabalho para o exterior, e não podiam me levar, então, o único lugar era a casa de algum amigo meu.

- Cara, mentira tem perna curta, escuta o que estou te falando! E tem mais, quando você estiver lá em casa, meus pais te tratarão da mesma forma que eu, ou pior, já que você não é filho deles, a responsabilidade aumenta!
- Não tem problema, eu só quero outro ambiente. Atenção, ou pelo menos alguém que converse comigo.
- Então beleza! Que dia você foge?
- Hoje mesmo quando eu chegar em casa!

E então, sai da escola e fui pra casa.

- Venha almoçar moleque! - Falou Larry.
- Não pai - Falei ironizando - Estou sem fome, eu vou subir para fazer meus deveres, e desço para comer algo, tá?
- Por mim você fica com fome - Falou Anny.

Subi, peguei uma sacola enorme que guardara em meu quarto, arrumei literalmente todas as minhas roupas alí dentro, peguei outra sacola, agora menor, e coloquei os produtos de limpeza. Desci, almocei, e esperei Larry e Anny irem para o trabalho. Quando a porta se fechou, fui correndo lá pra cima, peguei as sacolas, coloquei em um carrinho de compras que Anny havia comprado, e fugi pelas portas da frente, sem demonstrar agitação.

Chegando na casa do Riley, toquei a campainha, e fui atendido por uma garotinha, que também parecia legal.

- Entra - Falou ela.
- Obrigado - Falei.
- É... Você vai morar aqui, mas seus pais lhe mandarão dinheiro para pagar a escola? - Perguntou ela, fechando a porta.
- Esqueceu que a escola onde eu o Riley estuda é pública? - Respondi, já não gostando mais da cara daquela garota.
- Ah, é.
- Lucas, e aí cara - Falou Riley vindo aparentemente da cozinha.
- E aí - Falei, o cumprimentando.
- Olha cara, se essa pirralha já te falou bobagem, não liga.
- Eu não sou pirralha - falou a menina.
- Quem é ela? - Perguntei.
- Minha irmã, eu não te contei dela.
- Hm... Me apresenta seus pais?
- Estão no trabalho, vem, vou te mostrar a casa.

E então, eu conheci toda a casa. Simples, diferentemente da minha, mas pelo menos parecia que havia mais alegria alí dentro. A noite chegou, e os pais do Riley chegaram.

- E aí garoto, seus pais já viajaram? - Falou o pai de Riley.
- Sim, sim.
- Meu nome é Luís - Falou ele, me cumprimentando.
- E o meu é Bruna. Bruna Cerqueira - Falou a mulher, também me cumprimentando.
- Ah dona Bruna, obrigado por me acolherem aqui nesse meio tempo em que meus pais estão viajando.
- Por que eles não vieram aqui nos avisar?
- É... Que... Eu... - gaguejei, procurando explicações.
- É que os pais deles... estavam previstos para viajar mês que vem, e... mas... por causa de um imprevisto tiveram que ir hoje. É, é isso. Não é Lucas?
- É, é sim. - Falei.
- Hm... - Falou o Luís. - Bom, vamos jantar?
- Vamos sim...

Depois de uma bela janta, eu e o Riley acessamos um pouco de internet, e eu conversei com a Layane. Depois, eu fiquei olhando a noite da janela, e quando a meia noite chegou, dormimos. Até aquele momento, nada de ruim havia me acontecido.

Continua...

Destino Cruel - Cap. 03

O dia seguinte, foi como sempre. Escola e casa. Mesmo que meus pais não ligassem pra onde eu iria, eu preferia me repousar. Quando cheguei da escola, fui conversar um pouco com a Layane, mas fui interrompido quando o Larry desligou a tomada.

- Larry... - Reclamei.
- Sai dai deste computador, vamos, vaza! - Falou ele - Está proibido de conversar com essa menina, e se eu pegar novamente, vou proibir de acessar internet.
- Mas...
- Não tem "mais" nem "menos", eu falei para você sair daí agora, vamos. - Falou ele gritando.
- Não saiu! Você nunca me deixa acessar, nem conversar com pessoas, nem gostar de ninguém! Só me deixa vagabundear por aí que nem um malandro, e só quer que eu estude, estude e estude!
- Você está louco moleque? Quer apanhar?
- Eu já cansei de você e a Anny mandarem em mim. Nunca tive vontade de chamar vocês de pais! Coitado do filho que vocês teriam!


De repente, a porta abriu tão rápido que nos assustamos.


- Amor, amor - Chegou Anny com envelope na mão.
- O que foi mulher?
- Estou grávida!


Pronto! Agora eu tava feito. Se já me largavam sem ter ninguém, imagina tendo um bebê?


- Mas... - Falei - Você não disse que não podia ter filhos?
- Sim, mas ainda existiam chance, é uma pensa que adotamos você!
- Vai pro quarto agora moleque! - Falou Larry.
- Eu não posso te dá meus parabéns?
- Não queremos nem precisamos, vai, sai daqui!


E então, eu sai. Fui para o meu quarto, e passei o resto do dia lá. Eu não aguentava mais aquela ignorância dos meus pais. 


Continua...

quinta-feira, 24 de março de 2011

Uma mosca se meteu no nariz de...

Uma atividade proposta na escola, dizia que eu deveria criar uma história com início "Uma mosca se meteu no nariz de...". Vejam no que deu:

Uma mosca se meteu no nariz de Pedro, que almoçava calmamente junto a sua esposa, Jaqueline, em um restaurante próximo ao cemitério da cidade. Foi horrível a sensação de ter um inseto dentro de seu nariz, mas o fato é que Pedro tinha uma alergia perturbante de mosquitos, principalmente com moscas sujas e nojentas. O ataque de espirros começou, e o rosto de Pedro ficou vermelho, vermelho como o batom de sua esposa, que chorava loucamente, sem saber o que fazer. A ambulância que alguns dos curiosos havia mandado buscar o rapaz, já havia chegado.

No hospital, Jaqueline esperava ansiosamente por alguma notícia de Pedro. Foi aí que o médico que passava falou: “Nós fizemos de tudo...” e Jaqueline se jogou aos choros. “Ele não resistiu”. Desesperada, Jaqueline foi ver o corpo de seu marido, e ao entrar no quarto, o viu ali, ao lado de si próprio. Foi quando ela percebeu: Aquilo era um espírito. Jaqueline saiu correndo e berrando. Na rua, ela gritava: “Meu marido está morto”. Passando em frente ao cemitério, Jaqueline entrou e foi direto ao túmulo de seu pai, lembrando de como era sua vida antes da morte dele. Jaqueline nada fazia a não ser chorar. A noite chegou, e a recém-viúva começou a ouvir vozes. Quando levantou o rosto, deparou-se com seu pai, e seu marido. “Venha conosco, amor”, disse o espírito de Pedro. Jaqueline que nunca temia pela morte, pegou a inchada próximo ao túmulo e matou-se.

Alguns segundos depois, ela se viu em um lindo lugar. O Céu, o paraíso. Lá, ela, seu marido e seu pai, fizeram amizade com um casal: Guáguin e Maria, e reencontraram amigos e parentes que morreram antes deles.

Lá embaixo, a mosca, escondida em uma estranha casa, transformou-se em um homem, irmão de outro que segundo o jornal da cidade, provocou a morte do casal que Jaqueline e Pedro fizeram amizade no céu. O chão começou a se abrir, e esse misterioso bruxo, queimou eternamente no abismo repleto de fogo.

A redação foi escolhida para ficar no mural da escola. :)

Destino Cruel - Cap. 02

[Garoto+Sozinho.jpg]
No dia seguinte, de manhã cedo, levantei-me para ir ao colégio. Depois de me aprontar, desci para tomar café, e logo depois, parti. Meus "pais", não ligavam se eu saísse da escola para outro lugar. Eles nem se quer ligavam para mim. Eles me disseram que haviam me adotado por que Anny tem uma doença, em que de 100%, apenas 2% revelam que ela pode engravidar. Desde que cheguei na casa, eles só tentam e tentam, mas nada.

A manhã no colégio, foi normal como sempre. Eu, super estudioso, peguei facilmente o assunto, enquanto meu amigo Riley não conseguia tirar nenhum A em nenhuma matéria. Era hora da saída, e ele me veio conversar comigo.

- Cara, estou ferrado! Minha mãe disse que se eu não passar esse bimestre, já era meu curso de teatro que tanto gosto - Falou ele. - Como você consegue ser tão sabido? - Completou.

Eu ri, e respondi:

- Não queira saber como. Eu cresci a base de pancadas. Meus pais adotivos sempre disseram que eu deveria estudar, para futuramente eu dar uma boa terceira idade a eles. Acho que é pra isso que me criaram, para sustentá-los quando estiverem velhos, então, eu sou obrigado a passar, ou se não é castigo pra vida toda, e depois eu tenho facilidade em pegar os assuntos - Expliquei.
- Nossa! Eu já tirei más notas em todas as matérias
- Você quer ir tomar um sorvete antes de ir para casa? - Perguntei.
- Tá louco? Se eu não chegar pro almoço por causa de sorvete, é possível que eu perca a língua.
- Exagero seu, eu queria que meus pais fossem assim comigo. Preocupados, se eu chegar tarde, mas não são. Antes eles me batessem por preocupação, mas eles me batem por prazer - falei. - Eu vou indo então.
- Não, espera. - Falou ele.
- O que foi?
- Me conta mais sobre sua vida mano, você é tão quieto, só me conta que é adotivo e que seus pais lhe batem, o que aconteceu?
- Eu prefiro não falar disso.
- Lucas, então me desculpa, mas eu não sou seu melhor amigo, por que melhores amigos compartilham as coisas ruins e boas, e você não que compartilhar comigo as coisas de sua vida, isso me faz pensar que não passo de um "colega", desculpa, mas se for assim, eu prefiro que a gente não se fale mais.
- Como você é paranóico! Tá, tá bom. É o seguinte: Com treze anos, minha mãe biológica engravidou do meu pai, que tinha vinte anos. Foi uma gravidez indesejada, já que ela era praticamente uma criança, então, ela minha mãe cuidou de mim com meu pai, com a ajuda da família, mas outro dia, em uma viagem para a Bahia, todo mundo morreu, mas eu não. Fui para um abrigo, fui adotado, e hoje estou aqui. - Falei.
- Que complicado. Com todo respeito, e que Deus a tenha, mas sua mãe teria vinte e três anos hoje, e ainda estaria em forma, não é?
- Sim, mas não tá, agora eu tenho que ir.
- Tá bom, a gente se ver amanhã!

Chegando em casa, liguei o computador, e comecei a me divertir com um joguinho on-line. Lá, eu conheci Layane, uma garota que aparentemente, parecia ser bonita e legal. A gente já conversava a um ano, mas nos seis últimos meses, escondidos, por que meus pais não aceitavam que a gente conversasse. Sim, a fissura em que eu não perdesse de ano era tão grande, que eu não podia nem conversar com uma garota, que já ia namorar. E sim, namorar era minha intenção. Nesses últimos meses, eu havia descobrido que estava amando ela, e meus pais já sabiam, por conta das nossas conversas que estavam sendo gravadas.

- Eu não gosto de você conversando com essa garota moleque, sai já daí. - Falou meu pai.

 Eu me sentia em um deserto. A solidão era tanta, que era inexplicável. Então, eu saí, e fui para o meu quarto, passar o resto da tarde lá, fazendo tarefas da escola. Depois que a noite chegou, eu dormi.

Continua...

quarta-feira, 23 de março de 2011

Destino Cruel - Cap. 01



Naquela época, já era tradição de toda a família, incluindo tios, tias, padrinhos, avós, pais, irmãos, enfim, todo mundo, viajar nos finais de ano para a Bahia, curtir as belas praias, já que aqui em São Paulo, elas não são tão bonitas assim. Era dia de viajar e passar toda as férias lá no Nordeste brasileiro. A estrada parecia calma, mas uma curva apenas, foi o suficiente para uma batida com outro carro que vinha na mesma direção, e matar todo mundo, menos eu. Sim, eu fui o sortudo, ou melhor dizendo, eu tive uma segunda chanse.

Como toda minha família havia morrido e eu estava no hospital, não pude sair, nem para enterrar meus parentes. Foi horrível. Lembro-me que quando o automóvel bateu e caiu na ribanceira, todos voamos para fora do carro, e depois, ele explodiu. Eu por minha vez, era muito pequeno, e não lembro muito dos rostos de nenhum de meus familiares, inclusive meus pais.

Ah, desculpa, deixe-me apresentar. Sou Lucas, e tenho vinte e sete anos. Sim, sou novo não é? Mas já vivi muito nessa vida. Experiências que eu aposto que nenhum de vocês leitores gostariam de passar, mesmo que fossem para consequentimente alguma coisa boa acontecer.

Mas enfim, como eu não tinha mais ninguém, com cinco anos, fui enviado para o Abrigo Marinheiro, onde crianças orfãs e abondonadas eram criadas por pessoas de maior. O abrigo tinha como diretora a Srta. Jennifer, uma mulher que sempre vivia de mal humor, mas o pior de tudo, é que vivia descontando em professoras e crianças.

Um dia, um casal chegou e pareciam que estavam com vontade de adotar. Eles pareciam ser legais, e então a dupla me escolheu para ser seu filho.

- Eba! Telei papai e mamãe! - Falava eu.
- Ei garoto, seja homem, você já tem cinco anos. Não se fala "telei", tome vergonha - Falou a Srta. Jennifer.
- Desculpa Srta. Jennifer - Falei.
- Ho, senhora, ele é apenas uma criança - falou a moça que pretendia me adotar.
- Com idade suficiente para não ficar com dengo.

Então, eu finalmente fui para minha nova casa. Era enorme, e parecia um bolo. Sim, um bolo. O térrio, era maior, o primeiro andar, um pouco menor, o segundo, bem menor, o terceiro, pequenininho.

- É aqui que eu vou molar? - Perguntei.
- É sim garoto - Falou o homem que me adotou. - Eu sou Larry, seu novo pai, e essa é Anny, sua nova mamãe.
- Que legal, tem brinqueido?
- Você já está grande demais para brincar, eu quero um homem, e não um saco de batatas, ouviu?

Foi ai que eu percebi que havia partido daquela para pior. Mais cinco anos se passaram, e agora eu já tinha dez anos. Aqueles santinhos que haviam me adotado, com o tempo começaram a mostrar suas verdadeiras caras. Não sei por que me adotaram, não faziam nada a não ser me maltratar.

- Saia deste computador agora garoto - Falou o Larry, que eu raramente chamava de pai, e que nenhum sentimento de amor havia despertador. - Está gastando energia demais.
- Eu já estou indo - Falei.
- Eu falei agora.

E então, eu desliguei o computador, e fui dormir, já que eram cerca de dez horas.

Continua...

Ninguém Quebra - EXTRA

Ninguém Quebra é meu segundo web. Seu último capítulo foi postado no dia vinte e três de março (Quarta-Feira). Abaixo, confira o sumário, dedicação, e depoimento.

* Sumário

1. Vida de Estrela
2. Pedido de Perdão
3. Uma Mão Lava Outra
4. Arrependimento
5. Dia Quase Perfeito
6. Descobrindo Sentimentos
7. Um Impasse
8. Ou Jéssica, Ou Filme
9. Entrevista
10. Revelação Ao Vivo
11. Sara e Seu Lado Bom
12. Final Feliz

* Dedicação

Dedico para todos que leram o web.

* Depoimento

Foi muito bom trabalhar com essa história. É baseada em um filme da Disney. Eu pensava em fazer uma saga, mas não deu certo, e então, esse foi minha melhor escolha.

Ninguém Quebra - Cap. 12 (Final)

Christoper Wilde

PARTE 3

O show ia começar, e eu estava super ansioso. Subi no palco, e comecei a cantar uma de minhas músicas românticas. Foi quando eu avistei Jéssica, entrando com sua irmã! Incrível, ela tinha vindo. De repente, a música que eu cantava, passou a ser pra ela. Então, quando a música terminou, eu falei:

- Jéssica Olson. 

E todos, literalmente todos olharam para ela. Jéssica estava vindo até o palco, e a platéia abria um corredor.

- Eu esqueci de te dizer uma coisa. - Continuei, e todos fizeram "Uuuuiiii".

E então, comecei a cantar outra música, mais bela que a primeira, olhando a todo momento, para a Jéssica, apenas para a Jéssica. Eu não sabia se ela estava gostando, mas ela tinha que aceitar meus pedidos de desculpas. Eu sai do filme, demiti meus pais, praticamente acabei com uma turnê de trinta e dois países, só para ir atrás da Jéssica, e agora que ela estava alí, tinha de me desculpar. Quando terminei de cantar, desci do palco, e fui até ela.

- O que foi que pensou? Que podia vir aqui, cantar pra mim, e tudo bem? - Perguntou ela.
- Hãn... Foi. Não? Não, não.
- Então, por que veio?
- Eu vir para dizer que eu estava errado sobre tudo, principalmente sobre você.
- Não acha que está atrasado? Todos pensaram que eu estava mentindo.

E então, os repórteres se aproximaram, e um deles, colocou em minha frente uma câmera, e um microfone.

- Fui eu que menti. - Falei, puxando o microfone do repórter, e continuei, olhando para a câmera - Eu menti sobre não conhecer Jéssica. Na verdade, eu a conheço. Ela, é uma péssima navegadora, é a dona da verdade, mas ela é honesta, e quando ela faz uma promessa, ela cumpre. Ela me entende, como ninguém. E eu, sou louco por ela. Jéssica, me desculpe, eu sei que magoei você, e nunca vou fazer nada parecido, então, por favor, me d...

Então, ela me tacou um beijo, e todos fizeram: "Hoooooo". Depois que terminamos, olhei para a repórter, e falei:

- Vai embora. Sai.
- Tá bom. - Falou ela rindo, e então, os meus lábios e os da Jéssica se aproximavam novamente, quando uma garota chegou, falando: "Huuuuuum". Viramos o rosto. 
- Cris, essa é minha irmã, Sara.
- Sara, esse é o Christopher que você tanto quis conhecer.
- Ah, ou Sara, tudo bem? - Falei indo abraçá-la.

E então, Jéssica desmaiou. Atrás, o Stubby a segurou.

- Eu cuido dela.

Então, eu pesquei o olho, e vi que ia pintar um bom clima entre eles dois. Eu e a Jéssica continuamos de onde havíamos parado. Sabe a sensação boa de ter concertado um dos maiores erros de sua vida? Era o que eu estava sentindo. Sentia que nosso amor era que nem diamante, nem repórteres, nem pais ambiciosos, nem diretores de filmes, nem fãs, nem fama, nada nem Ninguém Quebra.

Ninguém Quebra - Cap. 11

Jéssica Olson
PARTE 2

Os repórteres não saiam da frente da casa de minha avó. Eu não agüentava mais. Eu não podia sair para a rua. Minha irmã só ficava se amostrando diante das câmeras. O Christoper iria fazer o seu primeiro show na sua cidade, e como previsto, Jéssica queria ir.

- Vem aqui – disse Jéssica com sua amiga JP na sala quando eu vi as duas conversando e hesitei em entrar. – Jéssica, vamos ao show do Christoper, vai ser legal. Por favor.
- Ué, o papai e a mamãe não te deixaram ir com a JP? - Perguntei.
- Não – falou ela com uma cara triste – Eles não deixaram.
- Olha, vou fazer este favor pra você, apesar de nossas brigas, eu sou sua irmã mais velha.
- Ai, eu te amo irmãzinha – Falou Jéssica sorrindo.
      Fui para meu quarto trocar de roupa, coloquei um vestido azul bem detalhado, e fui para a sala novamente.
- Hm... Você não é muito feminina. – Disse JP, que ainda não havia saído.
- É, ficaria perfeito em mim – Candidatou-se Jéssica.
- Com certeza – concordou JP.
- Por que você não experimenta, então? – falei, um pouco zangada.
- Jéssica, para de choramingar, lá, você vai acertar as contas com o Christopher, ele não vai simplesmente te ig...
- Óbvio que vai. Não sei nem por que estou indo.
- Por que você é minha irmãzinha mais velha, se lembra? Toma, só faltam três horas pro baile, vai se trocar – falou Jéssica jogando um vestido rosa.
- Crianças – ouvi Jéssica falar enquanto eu saia da sala. Como ela se achava.
- E aí, como está sendo, todos esses repórteres em seu jardim? – Perguntou JP.
- Está sendo divertido, mas... Eu prefiro minha privacidade.
      Decidi que iria trocar o vestido ali mesmo, atrás da porta. Uma loucura, mas queria saber o que iriam conversar.
- Hãn.., Todo mundo viu sua irmã na televisão, ela estava completamente doida.
- É mesmo? – Perguntou minha irmã enquanto eu ajeitava o zíper, e entrava na sala.
- É, muito esquisito o jeito que ela inventou aquela história sobre o Christoper. Foi patético. – Dei alguns passos, e fui direto para a varanda ao lado da sala. – Aí, será que ela ouviu tudo?
- JP.
- Oi.
- Você é uma idiota – disse minha irmã.
- O que?
- Sai daqui.
- Mas...
- Sai.

Então, JP saiu, e minha irmã veio até mim.

- Jéssica.
- Vá embora.
- Jéssica, por favor.
- O que foi?
- Você ainda vem pro baile comigo?
- Pensei que fosse uma patética, e uma vergonha. - Respondi.
- Só se você resolver dançar, então, não dance. 

E então, pela primeira vez, minha irmã me fez rir.

Continua...

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