quarta-feira, 30 de março de 2011

Destino Cruel - Cap. 12

Duas semanas se passaram. Nesse meio tempo, confirmamos a gravidez através de exames. Os problemas que um filho nos trás começaram a aparecer.

- Como iremos criar essa criança? Não temos nem dinheiro para nós - falou Adriele na janta.
- Eu estava pensando em voltar para casa de meu pai que te falei semana passada, ele pode nos sustentar.
- Nossa, você é assim interesseiro, amor?
- Não, de jeito nenhum, apenas não tenho pena dele, e ele me registrou como filho quando fui adotado, ou seja, ainda tenho direito ao dinheiro dele, mesmo sendo de maior, ainda sou filho dele.
- Entendi! Parece que essa será a unica saída mesmo. Você se lembra onde é sua casa pelo menos?
- Eu era pequeno, mas lembro. Quando fugi, tinha dez anos.
- Então que dia vamos?
- É só comprar a passagem, e arrumar as coisas - falei.
- E a minha casa? Como fica?
- A gente aluga, por via das dúvidas!
- Tá bom então!

E então, passaram-se mais sete dias, e nos preparamos para ir embora. Alugamos a casa, os móveis, colocamos na garagem da amiga de Adriele, que morava ao casa ao lado, e partimos. Chegando novamente a São Paulo, já de noite, me esforcei um pouco para lembrar onde era a casa do Riley, quando lembrei, pegamos um ônibus coletivo, e fomos. Tocando a campainha, atendeu uma menina linda! Ela parecia ter quinze anos.

- Quem é você? - Perguntou ela.
- Oi, não lembra de mim? O Lucas, eu era colega do Riley na infância.
- Você? - Gritou ela - Meu Deus, você! Você está bem? Quem é essa?
- Sim, estou, essa aqui é minha namorada, você é a Natália?
- Yes - falou ela - entra.


Então, eu entrei com a Adriele. Tudo ali havia mudado.


- O Riley está? - Perguntei.
- Sim, está, vou chamá-lo. - E ela entrou para um corredor. - Riley, tem visita, você vai gostar. - gritou Natália.
- Já vou! - Falou uma voz grossa. Nossa, como tinha mudado o meu colega.


E então, se aproximava de mim com outra mulher um cara enorme. Era ele o Riley? Ele e a mulher estavam de mão dadas.


- Quem é você? - Perguntou ele.
- Não lembra de mim? O Lucas.
- Não! Não pode ser. Lucas! 


Nos abraçamos. De repente, comecei a lembrar do meu passado ali, e as lágrimas desceram em meu rosto.


- Cara, como você mudou - falei. - Ela é sua namorada? 
- É sim, é a Katarina. Você também mudou muito. Como está sua vida?
- Oi Katarina - falei, apertando a mão da garota. - prazer.
- Oi - falou ela rindo - vocês eram amigos?
- Sim... É uma longa história - falou Riley.
- Mas enfim, só passamos para ver como estão. Estou voltando pra casa do meu pai. Falar em pai, cadê os seus pais?
- Estão trabalhando, ano que vem se aposentam. Por que seu pai? E sua mãe?
- Eu não te contei na época que ela morreu? No parto do filho.
- Nossa! Meus pêsames, bem atrasados.
- Não sinto tanto assim. Bom cara, vamos indo. 
- Está cedo, fica mais.
- Não dá, quero ajeitar logo nossas coisas aqui em São Paulo.
- Então tá - falou ele - vá lá, a gente se vê.
- Valeu - e nós nos cumprimentamos. 
- Vamos, amor?
- Vamos - falou ela.


Pegamos o ônibus coletivo, e fomos para a minha casa, que eu lembrava de cor onde era. Chegando lá, abri a porta, e gritei:


- Larry?


Continua...

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