segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Crítica ao primeiro capítulo de Guerra dos Sexos

Estreou hoje na Globo "Guerra dos Sexos", que está mais pra uma sequência da versão original a um remake, já que na novela exibida há décadas, os personagens Otávio I e Charlô I ainda eram vivos. E não adiantou às tantas vezes que as chamadas da novela foram exibidas em intervalos comerciais. Tendo quantidade de telespectadores absurdamente inferior ao de "Cheias de Charme", a trama que retrata forçadamente a batalha entre homens e mulheres pecou em vários aspectos. A tendência é que piore, pois recheada de diversos efeitos desnecessários e transições super amadoras, "Guerra" literalmente, decepcionou à todos.

Ao menos o primeiro capítulo - que pelo o que ouvi dizer, foi, exceto pelo comportamento dos personagens, igual ao da primeira versão-, não foi digno da expectativa que do público emanava. A sensação de deja-vú surgiu não só pelo episódio em como um todo, mas também por seus cenários. A sala principal do castelo onde moram os primos-sócios mais me parecia a Luxus de "Cobras & Lagartos" do que um ambiente de moradia. Sem falar na rede Charlô's, que com a presença de Mariana Ximenes, nos ajudou ainda mais a crer de que aquela cena era familiar. Bom, parece que Silvio de Abreu ainda não percebeu que isso seria realmente inovador, se ainda estivéssemos nos anos 80. Não fosse por "Cobras" com Luxus e "Aquele Beijo", com Comprare, a situação poderia até ser novidade, mas vamos combinar que algo diferente poderia ter sido criado.

"Guerra" também contou com eventualidades e efeitos especiais nada agradáveis. Laço, arco-iris e guarda-chuvas na loja Charlô's e a queda de um avião claramente produzido por computador.

O fato de Vitório ter morrido não foi o mais estranho. O que não consegui entender mesmo, é como só por olhar pra ele Roberta afirmou a morte do marido.

Pra completar a crítica negativa, também tivemos uma vilã super estilo Malhação. Ser jovem já a tirou do papel de malvada em si, mas chorar por quê a mamãe não a deixou ir ao casamento, e, com orgulinho de adolescente afirmar que iria à festa custe o que custasse não era o que se esperava de um antagonista, exceto se ela for Chayene.

Foi possível rir muito mais com Avenida Brasil, que não tem os princípios de Guerra dos Sexos, o humor e diversão, do que com o ramake das 19, que nos prometeu muitas gargalhadas.

Esperamos então que assim como Nina, Guerra dos Sexos vire o jogo e obtenha boas estatísticas. Não é comum a Globo reduzir, cortar suas novelas, mas se for necessário a batalha ficará pela metade, mas outra trama poderá tomar conta do horário.

7 comentários:

  1. Adorei seu texto! Além de dizer tudo o que eu realmente achei, a crítica está muito bem escrita. Parabéns pelo blog.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Entra aqui no meu blog, e segue por favor.
      http://www.sobretudoapenas.blogspot.com.br/

      Excluir
  2. Não gostei da atuação de Glória Pires. Achei ela muito acima do tom para uma personagem que requer um aspecto mais leve. Outra coisa que me chamou bastante a atenção foram os créditos da abertura. Como pode colocar o nome de Paulo Autran como "participação especial"? e carlos Lombardi como colaborador,já que o mesmo, nem na Globo trabalha mais? E os protagonistas interpretados por Irene Ravache e Tony Ramos, não deveriam vir primeiro?

    A globo precisa rever com urgência esses deslizes!

    E parabéns pela crítica!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não havia percebido os erros da abertura, mas depois analisarei aqui. Também questionei a atuação de Glória. Não estava como a conheço. Obrigado pelo comentário e elogio :D

      Excluir
    2. Você escreve muito bem, Peterson!

      Excluir
  3. Compartilho 100% da sua avaliação,Peterson. Da primeira à última cena, a sensação de dejavú foi tamanha, que a princípio não entendia aquele folhetim como um remake ou como uma continuação, tipo Guerra dos Sexos 2, a Batalha Final. Tema escrachadamente anacrônico, já que temos uma mulher na presidência. Atuações caricatas de Irene Ravache e Tony Ramaos(era essa a intenção do autor e da direção??), mais parecia uma peça de teatro Infantil. Gianechinni, raso como ator, repete os suburbanos feitos por ele mesmo em novelas do Sílvio de Abreu(com direito a sotaque paulistinha forçado).Jorge Fernando preferiu a zona de conforto e manteve exatamente a mesma dinâmica de uma novela que foi divisor de águas no quesito ritmo e tema(essas, definitivamente, não são mais novidades em termos de telenovela). O que fica, é a competência de sempre de Drica Morais(sempre dando show), e a classe e elegância interpretativa de Glória Pires(pelo que se viu, vai tentar carregar a novela nas costas, como fez na deplorável "Desejos de Mulher" . No mais, é esperar pra ver. Quem saiu do incansável baú de novidades que foi "Cheias de Charme", possivelmente não tenha paciência para assistir mais do mesmo.(Sergio Sing)

    ResponderExcluir

Me ajude curtindo minha página de humor no Facebook.

Basta clicar, mais nada. Por favor, clica, clica, vai.