quinta-feira, 17 de março de 2011

Ninguém Quebra - Cap. 01

Christoper Wilde
PARTE 1 

O show acontecia no salão de eventos Stapfes Center, centenas de garotas gritavam meu nome quando o apresentador anunciava minha entrada, e milhares delas, assistiam ao vivo em suas casas, sentadas em seus sofás. Enquanto eu cantava “StarStrhuck”, um de meus maiores sucessos, deixava minha mão fluir sobre aquela multidão. Elas empurravam-se para tocar em meus dedos. Foi assim até o fim do show. Ao sumir atrás das cortinas, repórteres imploravam uma breve entrevista que seria transmitida ao vivo. “Não custa nada”, pensei comigo.

- Christopher, diga-nos o que tem de novidades – Pedia-me a morena de cabelos curtos –suas fãs ficarão felizes em saber o que você guarda.
- Bom, tenho uma turnê trinta países da América, e em breve participarei de um filme, eu acho. – Eu não sabia mesmo se iria participar desse filme, cujo título ainda não havia sido definido pelo autor. – Disse tudo isso dando longos passos, que ficavam mais rápidos a medida que me aproximava da única porta do longo corredor.

Ao chegar em casa, tive de me preparar para outro show, agora no 21 Club, outro salão de Shows em minha cidade. Troquei rapidamente de roupa após um breve banho. Vesti minha camisa cor de pele, com meu casaco marrom por cima, acrescentando um cordão em meu pescoço, e uma calsa Jeans preta. Continuei com o mesmo tênis. Ao chegar à frente do Club, me surpreendi quando ninguém se redirecionou até mim, para pedir autógrafos, talvez estivessem todos distraídos com a Alexis, outra cantora famosa, minha... Como posso dizer... Quase namorada. Ela vinha até nós.

- Oi Stubby – Disse Alexis com uma cara de nojo, ao abraçar meu melhor amigo.
- Oi Alexis – Desabafou o coitado, meio sem graça.
- Olá Christopher – A expressão de Alexis mudou ao olhar pra mim. Ela ria com ousadia. Minha impressão era que a garota com quem eu ficava fosse racista.
- Oi Alexis – Respondi como o Stubby.
- Lembra-se de que me prometeu que tocaria em meu aniversário não é? Será amanhã pela tarde.
- Ho! Sim, claro que não. Estarei lá – Falei, enquanto Stubby se afastava lentamente.
- Tudo bem – Um breve silêncio tomou conta do ambiente, quando Alexis interrompeu – Christopher, onde estão os Paparazzi? – Além de racista, ela só pensava em fama?
- Bom, não sei onde se meteram, mas espero que não apareçam tão cedo por aqui. – Decepcionei-me quando veio um carro grande. Era o famoso tipo de carro dos Paparazzi. Eles haviam chegado – Ah, olha eles aí.

Os homens e mulheres desceram do carro, e começaram a tirar fotos de nós. Não gostei, e tentei interromper. Entrei, apresentei novamente o show, e fui exausto para casa.

No dia seguinte, acordei sem planos para a manhã. A campainha tocou, eu mesmo fui abrir – não me sentia bem deixando as empregadas abrirem a porta – era o Nolan, o diretor do filme que pretendiam me colocar. Rodei a maçaneta da porta, e a puxei.

- Olá, Christopher, bom dia. Acordou agora? – Parecia mesmo que eu tinha acabado de acordar?
- Oh, sim, sim. – Enquanto afirmava a pergunta do Nalon, meus pais apareceram atrás de mim.
 - Entre Nolan – Disse meu pai – todos se cumprimentaram.
- Não, não é preciso entrar, só gostaria de avisar que teremos reunião hoje, iremos discutir o título do filme. Desculpem incomodar, mas meu celular quebrou, então terei de passar na casa de todo o elenco até o momento da reunião.
- Tudo bem, eu irei comparecer – Menti, eu não podia vacilar com a Alexis.
- Vou indo então, até mais.
- Até – disseram meus pais juntos, enquanto eu acenava. Esperei o Nolan sumir na neblina da manhã, para fechar a porta.


Minha manhã foi de folga, não havia mesmo nada pra fazer. Aproveitei para tomar um banho de piscina, coisa que há muito tempo não fazia. À tarde, foi meio intensa.

- Mãe, pai, vou indo para reunião – Eu tinha de mentir pra eles também. Meus pais não iriam me deixar perder uma reunião de extrema importância, para me apresentar no aniversário de uma namorada gratuitamente. -Eles também só pensavam em dinheiro.

Quando cheguei no 21 Club – Os pais de Alexis alugaram o espaço de festas – tive que despistar os Paparazzi. Stubby entrou primeiro, e ao pisar no passeio, vi do carro a Alexis perguntando:

- Stubby, onde está o Christopher? – Ela perguntou com a testa enrugara.
- Ele não pôde vir – Ele mentiu. Os paparazzi desanimaram, mas ainda tirando foto da Alexis e Stubby.
- Ah, mas ele me prometeu. – Falou Alexis com uma fraca voz, e estreando uma tristeza.
      
“Ah, que pena” – Era o que mais se ouvia dos paparazzi. Enquanto todos se distraíam com o Alexis, eu vestia um casaco que Stubby deixara no carro, e sai escondido do veículo.. Fui pelos fundos. Consegui entrar sem muita presepada. Depois, o show foi à mesma coisa de sempre. Na hora da saída, eu não tive outra escolha a não ser aturar os paparazzi, ao chegar à frente do club. Antes disso, tive que novamente sair pelos fundos. Eu estava só, eu descia a pequena escada, seguindo para a porta logo em frente. Quando puxei a maçaneta, e empurrei a porta, ouvi uma batida, um pouco alta.

- Ai – Era uma garota. Eu havia batido a porta na cabeça dela. Saí rapidamente para ajudá-la. Ela estava caída no chão escuro e molhado.
- Desculpa, desculpa. Eu não fiz de propósito. – Disse a ela, que estava com a cabeça baixa.
- Não tem problema. – Disse ela, levantando a cabeça – Perai, você é o Christopher Wilde?
- Sim, eu mesmo. Prazer – Falei com um sorriso estampado na cara.
- Pois eu não tenho prazer algum. – Meu sorriso desmanchou-se.
- Qual é seu problema? – Eu perguntei já irritado.
- É minha irmã, ela é louca por você, não para de falar em você, é sua fã legítima. Entrou ai dentro, e não consegui passar pela frente, tem muita gente lá. Eu nem queria vir, ela que me insistiu, porque nossos pais não a deixariam sair só, então, eu viria com ela, e até o fim das férias, ela não falaria de você – Com essa, eu fiquei lá em baixo,
- Você não gosta da minha música? – Questionei com mais raiva ainda.
- Suas músicas, são até boas, não gosto é de você. – Eu tentei me acalmar um pouco depois dessa. Talvez ela não gostasse de mim, por causa da irmã, que devia falar dia e noite da minha pessoa.
 - Nossa, vamos, vou te ajudar.
- Eu não preciso da sua ajuda, me larga.
- Não, eu inssisto, vamos, entre no meu carro. Stubby, venha aqui. – Gritei com uma fraca voz, ele estava no fim do beco, que dava pra o movimento dos paparazzi.
- Quem é essa ai? – Perguntou Stubby enquanto vinha até nós.
- Ajuda, depois pergunta, tudo bem?
- Tá bom.
- Olha tudo bem, não preciso de ajuda. – Precisava, a testa dela havia inchado.
- Ah, ta bom, vamos logo, eu ainda quero voltar. Você vai me deixar aqui, hein?
- Tá, eu deixo, vamos. – Falei dando as mãos a ela... Lembrei-me de perguntar o nome dela – Qual seu nome?
- Jéssica.
- Hm, vamos pro carro então. – Eu disse, ajudando-a lenvantar.
      Fomos até o carro, e o Stubby saiu rapidamente, ao sentar no banco, Jéssica se queixou de enjoou:
- Acho que vou vomitar.
- Desde que não seja no carro, tudo bem. – Eu disse rindo.
      Jéssica colocou a cabeça pra fora, e vomitou no sapato do Stubby, que ainda não entrara no carro.
- Ah, não, no meu sapato não. Era o meu preferido.
- Ah, depois compro outro pra você – Eu disse, ligando o carro, e deixando o Stubby pra trás.


Continua...

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