quarta-feira, 23 de março de 2011

Destino Cruel - Cap. 01



Naquela época, já era tradição de toda a família, incluindo tios, tias, padrinhos, avós, pais, irmãos, enfim, todo mundo, viajar nos finais de ano para a Bahia, curtir as belas praias, já que aqui em São Paulo, elas não são tão bonitas assim. Era dia de viajar e passar toda as férias lá no Nordeste brasileiro. A estrada parecia calma, mas uma curva apenas, foi o suficiente para uma batida com outro carro que vinha na mesma direção, e matar todo mundo, menos eu. Sim, eu fui o sortudo, ou melhor dizendo, eu tive uma segunda chanse.

Como toda minha família havia morrido e eu estava no hospital, não pude sair, nem para enterrar meus parentes. Foi horrível. Lembro-me que quando o automóvel bateu e caiu na ribanceira, todos voamos para fora do carro, e depois, ele explodiu. Eu por minha vez, era muito pequeno, e não lembro muito dos rostos de nenhum de meus familiares, inclusive meus pais.

Ah, desculpa, deixe-me apresentar. Sou Lucas, e tenho vinte e sete anos. Sim, sou novo não é? Mas já vivi muito nessa vida. Experiências que eu aposto que nenhum de vocês leitores gostariam de passar, mesmo que fossem para consequentimente alguma coisa boa acontecer.

Mas enfim, como eu não tinha mais ninguém, com cinco anos, fui enviado para o Abrigo Marinheiro, onde crianças orfãs e abondonadas eram criadas por pessoas de maior. O abrigo tinha como diretora a Srta. Jennifer, uma mulher que sempre vivia de mal humor, mas o pior de tudo, é que vivia descontando em professoras e crianças.

Um dia, um casal chegou e pareciam que estavam com vontade de adotar. Eles pareciam ser legais, e então a dupla me escolheu para ser seu filho.

- Eba! Telei papai e mamãe! - Falava eu.
- Ei garoto, seja homem, você já tem cinco anos. Não se fala "telei", tome vergonha - Falou a Srta. Jennifer.
- Desculpa Srta. Jennifer - Falei.
- Ho, senhora, ele é apenas uma criança - falou a moça que pretendia me adotar.
- Com idade suficiente para não ficar com dengo.

Então, eu finalmente fui para minha nova casa. Era enorme, e parecia um bolo. Sim, um bolo. O térrio, era maior, o primeiro andar, um pouco menor, o segundo, bem menor, o terceiro, pequenininho.

- É aqui que eu vou molar? - Perguntei.
- É sim garoto - Falou o homem que me adotou. - Eu sou Larry, seu novo pai, e essa é Anny, sua nova mamãe.
- Que legal, tem brinqueido?
- Você já está grande demais para brincar, eu quero um homem, e não um saco de batatas, ouviu?

Foi ai que eu percebi que havia partido daquela para pior. Mais cinco anos se passaram, e agora eu já tinha dez anos. Aqueles santinhos que haviam me adotado, com o tempo começaram a mostrar suas verdadeiras caras. Não sei por que me adotaram, não faziam nada a não ser me maltratar.

- Saia deste computador agora garoto - Falou o Larry, que eu raramente chamava de pai, e que nenhum sentimento de amor havia despertador. - Está gastando energia demais.
- Eu já estou indo - Falei.
- Eu falei agora.

E então, eu desliguei o computador, e fui dormir, já que eram cerca de dez horas.

Continua...

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