sexta-feira, 25 de março de 2011

Destino Cruel - Cap. 05

Cerca de oito a nove meses se passaram desde que eu havia ido para a casa do Riley, e nada havia me acontecido. Nem o Larry nem a Anny fizeram questão de me colocar nos procurados e nunca apareceram na escola, e eu já não sabia mais o que inventar para a dona Bruna e o Luís pra ficar lá por mais algum tempo. Eu estava na escola, e comecei a me sentir mal, por conta de um ovo podre que eu comi pouco antes de ir ao colégio.

- Não quer ir para casa? - Perguntou a professora.
- Pra falar a verdade, quero sim.

Então, o ônibus da escola me abriu uma exceção, e levou-me para a casa do Riley, que volta e meia eu já estava considerando minha. Os pais deles, já haviam ido trabalhar, e eu ia ficar em casa só. Quando abri a porta, ouvi o Luís conversando no telefone. Ele não havia ido ao trabalho?

- Então minha delícia! A gente se encontra hoje a noite, sim, lá naquele mesmo motel. A idiota da minha esposa não vai nem saber, vou falar pra ela que estou indo a uma reunião.

Como pôde aquele aparentemente bom moço fazer aquilo com a dona Bruna? Meu Deus, que horrível! Eu não sabia o que fazer, e então, entrei, enquanto ele ainda conversava.

- O que é isso? - Perguntei
- Isso o que, garoto? - Perguntou o Luís.
- Isso aí, de sua delícia. Você trai a dona Bruna, é isso mesmo?
- Você não devia está na escola? - Perguntou.
- E você? Não devia está no trabalho? - Rebati.

De repente, ele sumiu, e voltou com uma pistola apontada em minha cabeça, me surpreendendo, pois eu nunca esperava isso dele.

- Se você contar o que ouviu para alguém, vai se arrepender do dia em que veio pra cá!

Eu por minha vez, não tinha mais literalmente nada pra fazer alí. Subi, fiz minhas malas (ganhei uma da dona Bruna nesse tempo que fiquei lá), desci as escadas, e esperei no sofá o Riley e sua mãe.

- Riley, você já vai voltar pra casa? Quero dizer, seus pais já voltaram do exterior?
- Já sim, eu tenho que ir. Eu gostaria de agradecer um milhão de vezes a todos vocês por me acolherem aqui.
- Oh, garoto, mas por que já vai? - Perguntou Dona Bruna.
- Está na hora Dona Bruna. Cadê a Natália?
- A chata da minha irmã? Ainda não chegou da escola, mas eu falo pra ela que você já foi.
- Então tá gente, muito obrigado por tudo - falei.
- De nada meu filho, quer que eu te leve em casa? - Perguntou ela.
- Não, não precisa. Se importa de me emprestar um dinheiro pro Táxis?
- Não, toma, mas cuidado! - Falou Dona Bruna.
- Obrigado! Riley, na escola conversamos - falei.
- Tá bom cara, até mais.
- Tchau.

No carro, fiquei pensando como chegaria em casa, o que falaria, enfim, como iria viver dali por diante. Chegando, dei o dinheiro do taxista, e ele foi embora. Abrindo a porta de casa, me deparei com Anny com uma barriga maior que a de um gordo de 110kg, caída no chão, gemendo, e sangrando.

Continua...

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