Lucas diz:
Amor, quer fugir comigo?
Layane diz:
Está maluco?
Lucas diz:
Não! Quer?
Layane diz:
As coisas aqui em casa não estão indo muito bem, e eu já estava pensando em fazer isso.
Lucas diz:
Aqui também não, por isso mesmo que estou te chamando pra fugir.
Layane diz:
E pra onde vamos, e de que iremos nos sustentar?
Lucas diz:
Vamos sair por aí no mundo, mesmo sendo duas crianças, e nos sustentaremos de amor.
Layane diz:
Não é bem assim.
Lucas diz:
Só se você não quiser.
Layane diz:
Eu topo.
Lucas diz:
Isso! Hoje a gente se encontra 15:00 na praça da cidade.
Layane diz:
Estarei lá!
Sem desfazer as malas do dia anterior, comecei a almoçar. O Larry chegando do enterro, perguntou:
- O que você está fazendo aqui?
- Na... nad...
- Olha garoto, eu não quero mais discutir com você. Queria te pedir desculpas pelas maldades que lhe fiz com a Anny. Agora que a perdi, não tenho ninguém. Literalmente ninguém, por favor, me perdoe, more comigo novamente.
Eu, não respondi, subi para o meu quarto, esperei chegar 15:00, e quando ele dormiu, eu parti, o deixando sozinho, com muito prazer de deixá-lo solitário! Por mim, ele morria alí, naquele momento. Eu não entendia, mas eu consegui perdoar a Anny e ele não.
Na praça da cidade, encontrei a Layane. Eu nunca tinha a visto pessoalmente, mas sim por foto. Era a mesma perfeita, a mesma garotinha de dez anos que eu conheci no computador. Ela me deu um beijo na bochecha, e eu fiquei duro.
- E agora, o que fazemos? - Perguntou ela.
- Sabe de uma? Eu não sei. Vamos pegar um ônibus para a Bahia, e ficamos lá. Se possível, debaixo da ponte, mas aqui em São Paulo eu não fico mais.
- Nem eu, vamos lá.
E então, fomos a rodoviária, e dissemos ao cobrador que nossos pais estava nos esperando na Bahia. A Layane havia pegado um dinheirinho, e eu tinha o suficiente para uma passagem, então, juntando nossas "esmolas", conseguimos viajar. E então, começava ali uma longa viagem.
Continua...
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