quarta-feira, 30 de março de 2011

Destino Cruel Cap. 13

De repente, saiu duma porta, um homem com cara de cansado, triste e sozinho. As rugas estavam cada vez mais visíveis.

"Olha só o que a solidão fez com ele", pensei comigo.


- Quem é? - perguntou Larry, com a voz mais cansada ainda.

Quando ele me viu, veio o mais rápido que pôde, para me abraçar. Eu não retribui, mas fiquei com pena, muita pena.

- Lucas. Lucas meu filho, me perdoe! Em nome de minha alma e do meu coração! Eu juro que me arrependo das maldades que pus em tua vida! Olha só pra mim! Estou cada dia mais velho, pagando pelo que fiz. Perdoe-me.
- Eu acho que você não irá querer meu perdão quando souber o que tenho pra te falar.
- Meu filho, fale, eu só quero que me perdoe, por favor, estou sofrendo demais.
- Eu vou ser pai, e trouxe a Adriele, minha mulher, para poder sustentá-la.
- E qual o problema Lucas? Pode vir o mundo morar aqui junto com você, eu só preciso do seu perdão! Eu posso te dar meus parabéns?
- Não! Não preciso deles. - Falei, lembrando-me da vez em que a Anny falou exatamente isso comigo quando ela descobriu sua gravidez.

Quando olhei pra trás, percebi que a Adriele estava pasma. Mas também, né? A cena que ela estava vendo, era de ficar de queixo caído. Um velho, ajoelhado e aos choros na frente de seu filho, que deu a volta por cima em relação a sua infância, pedindo perdão!

- Não importa! Eu só quero teu perdão! Por favor!

De repente, a minha pena foi se transformando em carinho por aquele velho homem que eu abandonara há quase nove anos. Meu coração mandava eu aceitar as desculpas do Larry.

- Eu te perdoou. - E alguns segundos se passaram. - PAI! - gritei.


Depois, eu o abracei também aos choros.  

Continua...

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