sábado, 5 de março de 2011

Paixão Precoce - Cap. 12



Chegando em casa, estavam lá o Lucas e o Júlio. Minha mãe, ainda não havia chegado do trabalho, e o homem dela, eu não sabia aonde havia se metido. Vou chamar esse cara de Dr. Sinismo, ok? Quando entrei, comi alguma coisa, e fiquei na sala assistindo alguma coisa. Minha mãe e o Dr. Sinismo já estava chegando, eu ouvia o portão se abrir.

- Jhonas, pode vir até aqui? - Chamou-me Lucas.
- O que é? - Falei, me aproximando.

Vi que os olhos do Lucas estavam rochos, e os braços do Júlio também.

- Para Jhonas, me solta, pare de me bater - gritou meu irmão.
- Solte ele Jhonas, deixe o seu irmão em paz - gritou o Júlio.

Eu não sabia o que estava acontecendo. Quando a porta da sala se abriu, o Lucas e o Júlio se jogaram em cima de mim.

- Mãe, socorro, manda o Jhonas parar de bater em mim e no Júlio.
- Mas eu não...
- Jhonas, pare com isso agora - falou minha mãe me puxando com força.
- Ei garoto, com meu filho ninguém se mete, tá ouvindo?

Foi aí que o Dr. Sinismo me puxou e começou a me espancar.

- Para, me solta! - Gritei.
- Isso é pra você nunca mais fazer isso com o Júlio, tá ouvindo muleque?
- Você não é meu pai para me bater, me solta! - E ele me jogou com força no chão.

Subi correndo, bati a porta do meu quarto tão forte, que talvez a escada poderia ter tremido. Tranquei, e comecei a fazer minhas malas. Eu iria fugir de casa, e pela janela novamente. Da última vez que aconteceu de eu sair de casa escondido, fiquei em coma por um ano, mas nada iria me impedir. Com as malas prontas, subi na cama, abri a grade da janela, joguei com cuidado as malas lá embaixo, e pulei. Novamente, eu não havia me ferido. Sai correndo que nem um louco pela cidade. Eu estava indo para casa do meu pai. Chegando perto de uma ponte, percebi que havia dois caras me seguindo. Eles começaram a adiantar os passos, e eu também, mas, foi inútil. Um deles passou por minha frente, e o outro ficou atrás. Começaram a se aproximar, e anunciaram:

- Passa tudo garoto, tudo que tive.
- Por favor, não me matem - Pedi quando apontaram uma arma em minha cabeça.

Depois, pegaram tudo, e me jogaram numa força tão grande, que bati a cabeça, e desmaiei, perdi a consciência.

Quando acordei, já era dia. Aquela altura, minha mãe já tinha percebido que eu havia fugido, e meu pai também. Sem celular, nem mala, continuei andando para a casa do meu pai. Peguei o elevador, e cheguei em frente ao seu apartamento, quando toquei a campainha, e ele abriu a porta, veio logo me abraçando.

- Filho, o que você fez meu filho, você está bem?
- Estou pai - falei retribuindo o abraço. - Fugi de casa, deixe eu ficar aqui, por favor.
- Entre - falou ele. - Filho, sua mãe ligou falando que você não estava em seu quarto.
- Mas aqui estou, por favor, deixe-me ficar.
- Cadê suas coisas? Por que você saiu de casa ontem a noite, e só voltou hoje? E por que saiu de casa? Por que não atendia o celular?
- Eu fui assaltado no caminho, levaram todas as minhas roupas, e meu celular. Me jogaram no chão com uma força tão grande, que eu desmaiei, e só acordei hoje de manhã. Sai de casa por que as armações do Lucas estão me deixando louco. O Júlio, filho do cara que minha mãe está, e que levou para morar em casa...
- Ela levou o homem para casa?
- Sim, mas enfim, ele e o Lucas disseram que eu havia batido neles. Não sei onde arranjaram aquelas manchas no olho e nos braços, mas disseram que tinha sido eu, e ai o homem de minha mãe me bateu, por isso as manchas em meu corpo, não foram só por causa do assalto.
- Ah, mas ele vai se ver comigo agora. - Falou meu pai levantando-se.
- Não pai, por favor, deixe pra lá, eu lhe imploro, não quero mais problemas.
- Tá bom, eu vou fazer isso por ti, mas se esse cara se meter com você mais uma vez contigo...
- Pai, tem mais uma coisa que quero te contar.
- O que?
- Eu peguei esse cara traindo minha mãe, no sofá da sala com uma prostituta, e ele me ameaçou se eu contasse pra alguém, foi mais um motivo que me levou a fugir de casa.
- Perai, ele foi longe demais. Agora ele vai se ver comigo.
- Pai, para, por favor, deixa pra lá, eu já estou aqui, estou bem, só preciso que você compre algumas roupas pra mim, simples mesmo, e que passe na escola para pegar uma nova farda, por que a minha estava na mala.
- Tá bom então meu filho, mas tome cuidado. Eu estou indo para o trabalho agora, e não abra a porta pra ninguém.
- Ok, prometo.

Foi quando o telefone de meu pai tocou.

- É sua mãe - falou ele - vou atender. - Alô? - E alguns segundos se passaram - Sim, ele está aqui, quer falar com ele? - E mais alguns segundos se passaram - Só um minuto - E meu pai me passou o telefone.

- Alô? - Falei.
- Filho, vem pra casa, por favor filho.
- Não mãe, eu não volto mais, vou ficar aqui com meu pai.
- Jhonas, não faz isso comigo.
- Mãe, não aparece aqui, por favor, eu não volto para casa, e não quero te ver. - E eu desliguei.
- O que ela falou? - Perguntou meu pai.
- Pediu para eu voltar, mas não vou.
- Filho, fica a seu critério, não vou te obrigar. Mas agora, tenho que ir ao trabalho, nos vemos meio dia, hoje a tarde compro o que me pediu.
- Tá bom então pai, abraços.
- Meio dia estou aqui, abraços.

Aproveitei a manhã , e fiquei assistindo televisão, era só o que tinha para fazer, já que eu não iria para escolar depois de ser assaltado.

Continua

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