Uma mosca se meteu no nariz de Pedro, que almoçava calmamente junto a sua esposa, Jaqueline, em um restaurante próximo ao cemitério da cidade. Foi horrível a sensação de ter um inseto dentro de seu nariz, mas o fato é que Pedro tinha uma alergia perturbante de mosquitos, principalmente com moscas sujas e nojentas. O ataque de espirros começou, e o rosto de Pedro ficou vermelho, vermelho como o batom de sua esposa, que chorava loucamente, sem saber o que fazer. A ambulância que alguns dos curiosos havia mandado buscar o rapaz, já havia chegado.
No hospital, Jaqueline esperava ansiosamente por alguma notícia de Pedro. Foi aí que o médico que passava falou: “Nós fizemos de tudo...” e Jaqueline se jogou aos choros. “Ele não resistiu”. Desesperada, Jaqueline foi ver o corpo de seu marido, e ao entrar no quarto, o viu ali, ao lado de si próprio. Foi quando ela percebeu: Aquilo era um espírito. Jaqueline saiu correndo e berrando. Na rua, ela gritava: “Meu marido está morto”. Passando em frente ao cemitério, Jaqueline entrou e foi direto ao túmulo de seu pai, lembrando de como era sua vida antes da morte dele. Jaqueline nada fazia a não ser chorar. A noite chegou, e a recém-viúva começou a ouvir vozes. Quando levantou o rosto, deparou-se com seu pai, e seu marido. “Venha conosco, amor”, disse o espírito de Pedro. Jaqueline que nunca temia pela morte, pegou a inchada próximo ao túmulo e matou-se.
Alguns segundos depois, ela se viu em um lindo lugar. O Céu, o paraíso. Lá, ela, seu marido e seu pai, fizeram amizade com um casal: Guáguin e Maria, e reencontraram amigos e parentes que morreram antes deles.
Lá embaixo, a mosca, escondida em uma estranha casa, transformou-se em um homem, irmão de outro que segundo o jornal da cidade, provocou a morte do casal que Jaqueline e Pedro fizeram amizade no céu. O chão começou a se abrir, e esse misterioso bruxo, queimou eternamente no abismo repleto de fogo.
A redação foi escolhida para ficar no mural da escola. :)
Nenhum comentário:
Postar um comentário