Quando acordei, me vi em um quarto de hospital. Estava cheio de aparelhos ao meu redor, um monte de fios em meu corpo, e várias agulhas em meus braços, mas eu não me sentia doente, nem triste, só o fato do pesadelo ter acabado, me deixava bom. Comecei a tirar os fios de meus braços, e o aparelho que não estava me ajudando a respirar, pois eu nunca estive tão bem. Saí do quarto, sem ninguém me ver. Chegando ao corredor, me lembrei da cena em que eu jogava meu filho da janela, e que ele estava no carro comigo. Quando dobrei, meu coração aliviou-se quando vi meu bebê no colo de Layane, perto dela, estavam Larry, Bruna, Riley, Natália e Katarina. Aqueles eram meus amigos, aquela, era minha família.
- Meu amor - falou ela, vindo até mim - você precisa descansar, volte pra cama.
- Não, eu não fico aqui nem mais um segundo - falei - Meu bebê, guti guti - falei, o pegando no colo. E o rapaz? Como é o nome dele mesmo?
- Vitório - falou Layane.
- O que aconteceu com ele?
- O Vitório faleceu no acidente.
- Deus me perdoe, mas ele fez por merecer - falei.
Enfim, fui pra casa, a noite chegou, e depois o dia apareceu. Na manhã daquela Quarta, recebi uma carta.
Oi, sou a Luana
Você e a Adriele deixaram os móveis da casa aqui há muito tempo, e eu não sei o que fazer. O pessoal que alugou aqui, entregou o imóvel, consegui o endereço de vocês com eles. Gostaria de saber o que fazer com o que vocês deixaram. Manda beijos para a Drica.
Beijos
Naquele mesmo dia, viajamos para Salvador de ônibus, pagamos um caminhão para trazer de voltar a São Paulo todos os imóveis, e colocamos a casa para vender. Expliquei tudo que aconteceu em minha vida para a Luana. No caminho de volta para SP, começamos a discutir o nome do nosso filho.
- Eu gosto de Leonardo - falou Layane.
- Ah, eu prefiro Edy - falei.
- Que tal, Eduardo?
- Fechado! - falei.
E então, começamos a rir. Rir de tudo, e de todos. Rir dos problemas, da nossa coragem de enfrentá-los, rir de nós mesmos.
DOIS ANOS DEPOIS
Nesse tempo, a casa foi vendida, e com o dinheiro dela e dos imóveis, eu e a Layane construímos a nossa própria moradia. Quando tudo ficou pronto, e a casa já estava mobiliada fomos embora da casa do Larry.
- Larry, meu pai! - Falei. - Obrigado por tudo! E também, desculpa por tudo!
- Não tens que me pedir desculpas, filho, eu me orgulho de você.
E então, nos abraçamos.
- Mãe, eu te amo! - falou Layane.
- Também te amo muito, filha! Ai que menininho lindo! - falou dona Bruna, apertando a boxexa do Eduardo no carrinho.
E então, partimos com nosso filho.
Numa tarde de domingo, eu, a Layane e o Eduardo, fomos ao Club de piscina próximo. Enquanto nosso filho brincava na piscina, eu e meu amor, "brincava-mos" na grama do campo.
Eu não posso dizer que minha vida tenha sido boa, fácil, ou coisa do tipo, mas o que eu tenho certeza, é que eu fui forte o suficiente, para passar por coisas brutais de um destino cruel, que aposto que NENHUM de vocês leitores suportariam passar.
O que deixo pra vocês, é um apelo, ao NÃO ABORTO, por que, por mais que a situação seja grave, o bebê não tem culpa dos fatos. Ao não a INVEJA, ao não ao SUICÍDIO. Vocês viram o que eu iria perder se me matasse na praça?
Nunca se entreguem a tristeza, por que Deus deu nossa vida, para nós moderá-las, então, nós colhemos, o que plantamos, e se nas ruins circunstâncias da vida, você agir de forma que prejudique o próximo, para a sua melhora, você estará construindo nada mais que sua própria derrota!
Lucas.
Autor da web: Peterson Oliveira Macêdo, 02/04/2011
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ResponderExcluirBruna, desculpe-me, eu ia deletar outro comentário de teste que fiz um negócio, e apertei no seu. Foi mal, mto mal. desculpas, mil desculpas.
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