segunda-feira, 2 de maio de 2011

Destino Cruel: A Descoberta - Cap. 08 (Últimos Capítulos)


O tempo foi se passando de forma tão rápida, que quando olhei no calendário percebi duas coisas: Já haviam se passado cinco meses desde que o velhinho foi morar conosco, e já estávamos em Novembro. Sinônimo disso era que eu não iria demorar a ficar mais velho.

Era estranho, mas eu tinha a estranha sensação de que coisas iriam acontecer. Não coisas normais, mas coisas angustiastes  ou coisa do tipo. Eu sentia que algum fim estava perto, como se eu fosse perder alguém, ou algo muito importante, ou ganhar, não conseguia entender.

Era Sábado, dia 6. Eu, estava chegando do trabalho, cerca de 10 da noite. Cansado como sempre. Chegando em casa, percebi que todos estavam dormindo, já que pelo menos olhando da parte externa, ela parecia quieta. Quando abri a porta, e liguei a luz, tomei um susto ao ver o velhinho sentado no sofá. Parado, quieto, como se me esperasse.

- O que houve? - Perguntei
- Nada, não é nada! - Falou ele - Estou apenas um pouco angustiado!
- Por que? - Falei, sentando-me ao seu lado.
- Sei lá! É ruim saber que tive uma vida e não lembro de praticamente nada dela.
- É, realmente é muito ruim, mas em suas circunstâncias eu estaria feliz! Eu faria de tudo para não lembrar o que aconteceu em minha vida! - Falei.
- O que aconteceu em sua vida? - Perguntou ele.

E então, eu contei tudo, tudo que eu havia passado desde o dia de minha existência, até hoje. Quando falei que havia engravidado minha própria mãe, ele ficou pasmo, isso é fato.

- Nossa, sua história é bem triste. - Falou ela - Eu queria lembrar da minha, mesmo sendo triste.
- Você não guarda nenhuma foto de nenhum familiar? - Perguntei!
- A única que tenho são de várias pessoas junto a mim, deve ser minha família, mas a foto está completamente desnorteada! Só há um pedaço.

Então, ele tirou do bolso um pedaço de papel amarelo, todo amassado, e me mostrou. Quando olhei direito, vi que... Comecei a ter flashs.

"O corpo do rapaz, talvez pai do menino também não foi encontrado", falava outro médico.
"Ouvi informações de que talvez o nome seja Márcio, Marcos, Marcus, sei lá", falava outro médico.


Foto! Lembrei que eu guardava um pedaço de uma foto. Ela parecia ser oposta ao do Velhinho! Sempre andava comigo na mala. Abri, e a achei, logo em minha carteira. Juntei as duas, e concluí que eram uma só.

- P...P...P...Pa...Pai! - Falei, chorando!
- Hã? - Perguntou ele.
- V...V...V...Vo...Você é o meu PAI!
- Como assim, seu pai? - falou ele mais confuso!

Sem palavras, derrubei da estante todas os álbuns de fotos que lá estavam, até encontrar o meu, onde eu guardava uma outra foto de minha família! Mostrei ao velhinho, ou melhor, meu pai, Marcus, e perguntei.

- O Senhor não se recorda de nada vendo essas fotos? - Perguntei.
- Acidente! Acidente! Eu me lembro ao redor de várias pessoas, entre elas, um bebê e a Adriele, com seus treze anos - Falou meu Pai.
- Sim, o acidente! Como te contei, quando encontrei minha mãe ela me disse que o senhor havia morrido de uma doença. Não entrou em detalhes!
- Não pode ser! - Falou ele, dando-me um abraço forte. - Eu não acredito!
- O senhor não é o único, pai! Mas antão, o senhor não se lembra de mais nada além disso? - Perguntei, desfazendo o abraço.
- Não, só me lembro do acidente. - Falou ele.

Bom, então, passamos a noite em claro, eu, tentando fazer com que ele lembrasse de alguma coisa, mas era em vão! Mas enfim, o fato é que eu havia dito: Eu tinha a sensação de que iria perder ou ganhar, algo ou alguém, mas eu sabia que aquela história não iria terminar por ali.

Continua...

Um comentário:

Me ajude curtindo minha página de humor no Facebook.

Basta clicar, mais nada. Por favor, clica, clica, vai.