terça-feira, 3 de maio de 2011

Destino Cruel: A Descoberta - Cap. 09 (Penúltimo Capítulo)


Mais cinco meses se passaram. Já estávamos em Abril de 2011. Eu, já havia ficado mais velho novamente. Agora, eram trinta e oito anos de vida. Outro dia, cheguei do trabalho mais cansado do que todos os outros dias. É incrível como eu percebia o quanto este cansaço ficava mais intenso a cada no. Era cedo, por que não aguentei ficar mais no trabalho. 

Às vendas dos brinquedos, estavam ótimas, mas algo me preocupava: Eu não sabia a idade do meu pai, Marcus, já que o que ele lembrou foi apenas do acidente. Mas o fato é que sabendo sua idade ou não, eu tinha a mais absoluta certeza de que ele já estava bem velhinho, e a qualquer momento, poderia morrer. Dois lados me preocupavam: E a empresa? Como vai ficar? E meu pai? Vou ficar sem um pai novamente? Perdê-lo de novo?

A casa do Larry, foi alugada para um casal de recém-casados, mas está disponível novamente. Eu e a Layane, parecíamos um casal separado. Ela na clínica o dia inteiro, e eu, na fábrica. O Eduardo, ah, o Eduardo, cada dia mais irritante. Eu não sabia mais o que fazer com aquele menino.

Mas o fato é que eu havia chegado em casa, e estava "morto". Subindo, comecei a ouvir um barulho vindo do meu quarto. A cama parecia ranger. A princípio, imaginei a Layane me traindo com outro, mas me lembrei que umas 19:00 ela ainda não teria chegado. O meu pai, provavelmente em seu quarto, desenhando. Então, só podia ser o Eduardo. Subi cada degrau delicadamente, até chegar ao topo da escada. Seguindo o corredor, cheguei ao meu quarto e o da Layane. Abri a porta, e dei de cara com a cena mais ridícula e inesperada de minha vida: Meu filho, na cama com uma garota. Eu não fazia idéia de quem fosse, mas eu só sabia que o cansaço estava desaparecendo, e uma onda de ódio subia. 

- O que significa isso? - Falei, gritando.
- P...P...P...Pai! - Falou Eduardo, me lembrando como reagi quando descobri quem era meu pai.
- Você não disse que ele só chegava tarde? - Perguntou a mulher.
- Sai daqui - Falou ele, levantando-se, e se vestindo. A Moça também se vestiu correndo, e passou por mim, se esbarrando.

De repente, comecei a sentir umas pontadas no coração! Não era forte, mas o suficiente para me fazer cair. Consegui me levantar novamente, e disse:

- Saia daqui moleque! Ainda temos muito o que conversar amanhã!
- T...T...á bom pai, tá bom.

Então, quando ele saiu, as pontadas aumentaram, e cai na cama, inconsciente.

Continua... 

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