quarta-feira, 4 de maio de 2011

Destino Cruel: A Descoberta - Cap. 10 (FINAL)


Duas semanas se passaram desde que eu havia flagrado o Eduardo na cama com uma garota. Garota essa que nunca mais vi. 

Às coisas estavam normais, até aquele momento, mas eu insistia a acreditar que uma coisa muito ruim iria acontecer. Eu não sabia bem, mas a sensação era de que eu iria perder ou ganhar alguma coisa.

- Pai, vou almoçar com os amigos hoje! Tchau! - Falou o Eduardo, sem ao menos me deixar rebater.

Nos últimos tempos, ele parecia agoniado, irritado, e parecia mesmo está se drogando. Mas como eu já disse: Ele pagará por suas atitudes.

Era meio dia, e eu, já havia terminado de comer. Faziam mais ou menos duas horas que o Eduardo se fora.

- Amor, vou na casa do Larry, acho que a placa "Aluga-se" não está adiantando de nada. - Falei.
- Tá bom, mas não demore, hoje à tarde você está proibido de ir trabalhar. Eu também. Iremos passar o dia juntos. Promete?
- Prometo, meu dengo. Vamos parar de brigar? - Falei.
- Sim, falou ela me beijando.
- Então, já vou indo, ok?
- Tá, não demore. - Falou ela.

Então, tirei o carro da garagem, e parti para o outro lado de São Paulo. A casa do Larry era bastante longe de minha casa.


Chegando lá, me assustei: A casa estava em chamas. De repente, me senti mau, muito mau. Meu coração bateu mais rápido, e fui impulsionado a sair do carro e entrar na casa. 

Lá dentro, o cenário era assustador. Tudo estava aos destroços de um incêndio, provocado por alguém. Alguém que estava deitado, no centro de uma enorme roda de fogo. Correndo, me aproximei mais, e vi: Era o Eduardo, e ao seu lado, estavam pedras. Eu não sabia do que era, mas eram pedras. O puxei para a sala da casa. Até que ele acordou.


- Pai?
- Por que? - Perguntei! - Por que fez isso?

Minhas dores estavam ficando cada vez mais tensas. Então, caiu o enorme abajú sobre mim. 

- Pai! 
- Saia DAQUI! Você vai morrer, saiaaaaaa! - Gritei. Saia!
- Paaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaai! - Falou meu filho, quando eu começava a ficar inconsciente.

A dor era pior do que todas as outras. Agora eu entendia: A minha intuição estava correta: Eu iria perder a vida, e ganhar a eterna inconsciência.

Eu já não ouvia a voz do Eduardo gritando. Eu não sabia se era por que eu já não ouvia nada mais mesmo, ou se ele já havia saído. As vistas estavam cada vez mais escuras, e a dor, mais intensa.

De repente, bateu em mim aquele arrependimento de não ter aproveitado a vida, de não ter aproveitado minha mulher, e cuidado do meu filho.

O que peço a vocês dessa vez, é que vivam intensamente cada momento, cada segundo, cada pessoa que passa em sua vida. Por que naquele momento, o arrependimento me dominava, e é isso que acontecerá se vocês fizerem isso, não aproveitar a vida. Eu, me sentia uma droga de burro, um idiota, um solitário.

Aquela altura, eu já não ouvia, nem via, nem sentia! Aquele momento, eu fechei os olhos.

Autor da web: Peterson Oliveira Macêdo, 04/05/2011

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