quinta-feira, 24 de março de 2011

Destino Cruel - Cap. 02

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No dia seguinte, de manhã cedo, levantei-me para ir ao colégio. Depois de me aprontar, desci para tomar café, e logo depois, parti. Meus "pais", não ligavam se eu saísse da escola para outro lugar. Eles nem se quer ligavam para mim. Eles me disseram que haviam me adotado por que Anny tem uma doença, em que de 100%, apenas 2% revelam que ela pode engravidar. Desde que cheguei na casa, eles só tentam e tentam, mas nada.

A manhã no colégio, foi normal como sempre. Eu, super estudioso, peguei facilmente o assunto, enquanto meu amigo Riley não conseguia tirar nenhum A em nenhuma matéria. Era hora da saída, e ele me veio conversar comigo.

- Cara, estou ferrado! Minha mãe disse que se eu não passar esse bimestre, já era meu curso de teatro que tanto gosto - Falou ele. - Como você consegue ser tão sabido? - Completou.

Eu ri, e respondi:

- Não queira saber como. Eu cresci a base de pancadas. Meus pais adotivos sempre disseram que eu deveria estudar, para futuramente eu dar uma boa terceira idade a eles. Acho que é pra isso que me criaram, para sustentá-los quando estiverem velhos, então, eu sou obrigado a passar, ou se não é castigo pra vida toda, e depois eu tenho facilidade em pegar os assuntos - Expliquei.
- Nossa! Eu já tirei más notas em todas as matérias
- Você quer ir tomar um sorvete antes de ir para casa? - Perguntei.
- Tá louco? Se eu não chegar pro almoço por causa de sorvete, é possível que eu perca a língua.
- Exagero seu, eu queria que meus pais fossem assim comigo. Preocupados, se eu chegar tarde, mas não são. Antes eles me batessem por preocupação, mas eles me batem por prazer - falei. - Eu vou indo então.
- Não, espera. - Falou ele.
- O que foi?
- Me conta mais sobre sua vida mano, você é tão quieto, só me conta que é adotivo e que seus pais lhe batem, o que aconteceu?
- Eu prefiro não falar disso.
- Lucas, então me desculpa, mas eu não sou seu melhor amigo, por que melhores amigos compartilham as coisas ruins e boas, e você não que compartilhar comigo as coisas de sua vida, isso me faz pensar que não passo de um "colega", desculpa, mas se for assim, eu prefiro que a gente não se fale mais.
- Como você é paranóico! Tá, tá bom. É o seguinte: Com treze anos, minha mãe biológica engravidou do meu pai, que tinha vinte anos. Foi uma gravidez indesejada, já que ela era praticamente uma criança, então, ela minha mãe cuidou de mim com meu pai, com a ajuda da família, mas outro dia, em uma viagem para a Bahia, todo mundo morreu, mas eu não. Fui para um abrigo, fui adotado, e hoje estou aqui. - Falei.
- Que complicado. Com todo respeito, e que Deus a tenha, mas sua mãe teria vinte e três anos hoje, e ainda estaria em forma, não é?
- Sim, mas não tá, agora eu tenho que ir.
- Tá bom, a gente se ver amanhã!

Chegando em casa, liguei o computador, e comecei a me divertir com um joguinho on-line. Lá, eu conheci Layane, uma garota que aparentemente, parecia ser bonita e legal. A gente já conversava a um ano, mas nos seis últimos meses, escondidos, por que meus pais não aceitavam que a gente conversasse. Sim, a fissura em que eu não perdesse de ano era tão grande, que eu não podia nem conversar com uma garota, que já ia namorar. E sim, namorar era minha intenção. Nesses últimos meses, eu havia descobrido que estava amando ela, e meus pais já sabiam, por conta das nossas conversas que estavam sendo gravadas.

- Eu não gosto de você conversando com essa garota moleque, sai já daí. - Falou meu pai.

 Eu me sentia em um deserto. A solidão era tanta, que era inexplicável. Então, eu saí, e fui para o meu quarto, passar o resto da tarde lá, fazendo tarefas da escola. Depois que a noite chegou, eu dormi.

Continua...

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