quarta-feira, 23 de março de 2011

Ninguém Quebra - Cap. 11

Jéssica Olson
PARTE 2

Os repórteres não saiam da frente da casa de minha avó. Eu não agüentava mais. Eu não podia sair para a rua. Minha irmã só ficava se amostrando diante das câmeras. O Christoper iria fazer o seu primeiro show na sua cidade, e como previsto, Jéssica queria ir.

- Vem aqui – disse Jéssica com sua amiga JP na sala quando eu vi as duas conversando e hesitei em entrar. – Jéssica, vamos ao show do Christoper, vai ser legal. Por favor.
- Ué, o papai e a mamãe não te deixaram ir com a JP? - Perguntei.
- Não – falou ela com uma cara triste – Eles não deixaram.
- Olha, vou fazer este favor pra você, apesar de nossas brigas, eu sou sua irmã mais velha.
- Ai, eu te amo irmãzinha – Falou Jéssica sorrindo.
      Fui para meu quarto trocar de roupa, coloquei um vestido azul bem detalhado, e fui para a sala novamente.
- Hm... Você não é muito feminina. – Disse JP, que ainda não havia saído.
- É, ficaria perfeito em mim – Candidatou-se Jéssica.
- Com certeza – concordou JP.
- Por que você não experimenta, então? – falei, um pouco zangada.
- Jéssica, para de choramingar, lá, você vai acertar as contas com o Christopher, ele não vai simplesmente te ig...
- Óbvio que vai. Não sei nem por que estou indo.
- Por que você é minha irmãzinha mais velha, se lembra? Toma, só faltam três horas pro baile, vai se trocar – falou Jéssica jogando um vestido rosa.
- Crianças – ouvi Jéssica falar enquanto eu saia da sala. Como ela se achava.
- E aí, como está sendo, todos esses repórteres em seu jardim? – Perguntou JP.
- Está sendo divertido, mas... Eu prefiro minha privacidade.
      Decidi que iria trocar o vestido ali mesmo, atrás da porta. Uma loucura, mas queria saber o que iriam conversar.
- Hãn.., Todo mundo viu sua irmã na televisão, ela estava completamente doida.
- É mesmo? – Perguntou minha irmã enquanto eu ajeitava o zíper, e entrava na sala.
- É, muito esquisito o jeito que ela inventou aquela história sobre o Christoper. Foi patético. – Dei alguns passos, e fui direto para a varanda ao lado da sala. – Aí, será que ela ouviu tudo?
- JP.
- Oi.
- Você é uma idiota – disse minha irmã.
- O que?
- Sai daqui.
- Mas...
- Sai.

Então, JP saiu, e minha irmã veio até mim.

- Jéssica.
- Vá embora.
- Jéssica, por favor.
- O que foi?
- Você ainda vem pro baile comigo?
- Pensei que fosse uma patética, e uma vergonha. - Respondi.
- Só se você resolver dançar, então, não dance. 

E então, pela primeira vez, minha irmã me fez rir.

Continua...

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