sábado, 5 de março de 2011

Paixão Precoce - Cap. 14

* ANTES DE COMEÇAR A LER ESTE CAPÍTULO, DESÇA ATÉ SUA METADE, E DÊ POUSE  NO ÁUDIO QUE VOCê ESTÁ OUVINDO.



Eu tinha que levar minha vida normalmente, não é mesmo? Então, eu ia para escola, sorria com colegas, enfim, não morri por que a Joana estava gostando de um garoto. Mas um dia, chega ela pra mim, e conta:

- Jhonas, estou namorando o Léo.

Novamente, aquela onda de ciúmes tomou conta de mim, mas eu tinha de me controlar. Comecei a chorar escondido, e minha fisionomia estava começando a mostrar isso.

SETEMBRO 2009
OUTUBRO 2009
NOVEMBRO 2009
DEZEMBRO 2009


A paixão entre Joana e Léo era de dar nojo. Ele, chegou até ir lá em casa. Ele aparentava ter uns quinze anos. Eu não sei como a mãe da Joana tinha aceitado aquele namoro, mas aconteceu. Mas aí, Joana começou a me contar que o namoro não estava mais como antes. Ele havia começado a ficar ignorante com ela, soltando palavrões, e tudo mais.

Na metade de Dezembro, Joana terminou o namoro com o Léo, e sem querer aceitar o término do relacionamento, ele começou a ligar pra minha casa ameaçando a Joana. Dizendo que se ela não fosse dele, não seria de mais ninguém. Para alguém que nem gostava da menina, ele estava muito agarrado a ela, não acha? Eu ainda estava indo para a escola, por causa das aulas de recuperação. Outro dia, quando cheguei, recebi um telefonema com uma voz estranha dizendo que faltava pouco. No dia seguinte, quando voltei da escola, me deparei com todos os móveis caídos no chão. Uma bagunça! Quando vi na geladeira, tinha um bilhete.


E aí, bobalhão, se lembra de mim?
O Léo. Lembra quando eu falei que,
se a Joana  não fosse minha, não se-ia
de mais ninguém? Pois é, eu avisei. Venha
logo salvá-la, antes que seja tarde demais
Talvez só dê tempo para você se despedir
dela. Estamos em minha casa, abaixo vai
o endereço.

Do seu amigo, Léo.

E logo abaixo, tinha o endereço da casa dele. Peguei um táxi, e entreguei o pedaço do papel onde tinha o endereço ao cara do carro. No caminho, liguei para meu pai, que falou que iria ligar para minha mãe e a dona Valéria. 

- Obrigado - falei dando o dinheiro ao homem, quando o táxi parou.


*A partir de agora, dê play abaixo e continue sua leitura


Na casa enorme, não tinha nada de estranho, mas eu sabia que o Léo estava me olhando de uma daquelas janelas de vidro. Meus pais e dona Valéria chegaram. 

- Ai meu Deus, onde está minha filha? - Perguntou dona Baléria
- Calma dona Valéria, ela está lá dentro, pai, me dê sua mala. 

Meu pai me deu a mala dele, e eu quebrei a porta de vidro da casa. Entramos. Um odor enorme de gasolina estava ali dentro. Na sala, tinha uma escada. Quando entramos, vimos lá em cima, a Joana, e o Léo. Ele estava agarrando ela, e tapando a boca dela. 

- Solta ela - pedi
- Seu moleque, mas não solto mesmo, só quando eu morrer.

Ele acendeu o isqueiro, e tudo começou a pegar fogo. Ele entrou lá pra dentro, e eu ouvi o barulho de uma porta bater. Ele havia entrado em algum quarto com a Joana, e provavelmente, se trancado com ela lá dentro, até os dois morrerem cremados. Meus pais começaram a me puxar, e puxar a dona Valéria.

- Me solta! - Gritamos juntos, mas eles não nos obedeceram. Quando estávamos-mos do lado de fora da casa, de repente, a sala explodiu. O fogo saiu pelas portas, e eu me desesperei. Lá de baixo, eu via a Joana na janela de vidro, sendo atacada por Léo, no último andar da casa. - Joanaaaaaaaaaa! - Gritei. Ele pôs as mãos para fora, mas depois, o Léo a puxou. De repente, me deu um ataque de impulso, e eu sai correndo em direção a casa. Quando estava perto da porta, ouvi a Joana gritar.

- Jhonas, me salve!
- Jhonas, não faça isso, não entre ai - Pedia minha mãe.
E quando me vi, eu já estava próximo da escada. Eu corria para salvá-la diante daquele fogo ardente.
- Socorro! 

E foi aí que eu percebi. O meu sonho, estava se realizando. Dizem que se não contar os sonhos para ninguém, ele pode se realizar, e eu não contei, e ele estava se realizando, e eu estava ficando doido, e eu ia morrer, e a Joana iria morrer e... E eu não sabia mais o que fazer. As coisas coisas caia sobre mim. Subi a escada, e me deparei com um corredor cheio de portas. Todas fechadas. 

- Em qual porta você está Joana? Onde você está?
- Socorro, me ajude - Gritou Joana batendo mais forte. Foi ai que percebi: a última porta, lá no final do corredor.

Sai correndo. Eu não tinha força suficiente para arrombar aquela porta, mas atrás de mim, havia acabado de cair um pedaço de madeira. Então, me distanciei, e fui em direção a porta, correndo.

- Se afasta Joana - Gritei!

A porta se abriu, o Léo, estava vindo em minha direção, quando Joana me empurrou para me livrar dele. Quando cai no chão o pilar estava caindo sobre mim. Nesse momento, eu me arrastei de lado, e por pouco, não fui amassado por um enorme pedaço de gesso. O Léo, tropeçou no pilar, e o outro estava prestes a cair. Depois, eu não o vi mais. Pela primeira vez, eu tinha assistindo ao vivo e em cores, a morte de uma pessoa.

- Por aqui Joana!

Estávamos perto da porta, quando caiu em nossa frente outro pilar. Pulamos, e fomos direto para a escada. No primeiro degrau, a Joana tropeçou, e rolou até lá embaixo.

Continua

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