quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Life: O Coração de Ouro - Cap. 09

Quando acordei, estava novamente naquele ambiente emadeirado. Fiquei tentando imaginar o que acontecera na luta entre Anna e o cara que apareceu lá. Talvez a Mary tivesse chegado e ajudado, ou a própria Anna derrotado o desgraçado lá.

- Anna. - Falei, num tom de quem não havia dormido nenhum pouco: Eu estava com vontade de levantar, e fazer coisas.
- Fala James - falou Anna.

Sua mãe e a menininha estavam logo ao lado.

- Anna, por favor, eu só quero que me explique algumas coisas. O que não poder me responder, tudo bem. - Falei calmamente. - Por favor, não me atire aquela coisa que parece um raio, eu preciso saber, tenha pena de mim, sério mesmo.
- Tudo bem. Pode falar. - Falou Anna, me deixando um tanto feliz.
- Olha, existem três grupos: Um do bem, e dois do mal, sendo cada um por si, ou seja, os do mal são um contra o outro. - Começou a explicar?
- Como são o nome desses grupos?
- O conselho de algo que não posso falar, é do bem. - Continuou Anna. - Os outros dois grupos recebem o nome de seus líderes: O grupo de Drocus e de Carolina.
- Hum... E o que eles querem com você? - perguntei.
- Conosco. - Corrigiu Mary.
- Drocus e Carolina estão atrás de uma coisa. - Falou Anna.
- E por acaso essa coisa é a bola de vidro que vi no bosque?
- Sim, também conhecida como Ballwer. Aquela bola é muito importante por que... é... - falou Anna gaguejando.
- Você não pode falar, tudo bem, continue. - Falei.
- A Ballwer pertence ao conselho, ou seja, ao mundo do bem. - Explicou Anna.
- Enquanto você lutava com Drocus no bosque, o que aconteceu? - Perguntei.
- Ele conseguiu pegar a Ballwer. Eu podia ter pegado antes dele, estou aborrecida comigo. - Falou Anna, indignada.
- Tudo bem, filha. - Falou Mary, alisando o cabelo de Anna.

A forma como Mary falou filha me fez lembrar Lucas e Thiago me falando que elas não eram uma família biológica - eu não sabia quanto a menininha, mas ela sim, parecia ser adotiva.

- É Anninha, tá tudo bem, eu sou cliança, mas sei que tá tudo bem. - Falou a menininha.

- Anna, você vai me matar se eu te falar isso.
- Não, não posso te matar, nossas vidas agora são uma só, dentro do coração de ouro.

A forma como ela falou isso me fez pensar que ela só não me mataria por que ela também morreria se fizesse, mas, ah cara, bobagem, ela me amava, por isso havia me dado o coração de ouro.

Não falei nada. Apenas olhei com tristeza.

- James... - Falou Anna com medo.
- Hum... - murmurei.
- CADÊ... O.... CORAÇÃO... DE OURO JAMES? - Falou ela, começando num tom baixo até gritar.
- Anna, eu não tive culpa! Cuidei dele todo esse tempo! - Falei.
- Eu confiei caramba! Pensei que você fosse a pessoa certa pra mim. Confiei esse coração, e olha o que você fez. Seu IDIOTA!
- Anna... - Falei, enquanto Anna ia em direção a outra porta, que aparentemente dava na sala.
- Tudo bem James, essas coisas acontecem, ela vai ficar bem. - Falou Mary, seguindo a filha.

Passei a tarde inteira tentando convencer a Anna de me ouvir, afinal, eu ainda tinha muito o que falar. Quando finalmente eram 18:30 do mesmo dia, Mary convenceu que ela me ouvisse.

- Desculpe. - Falou Anna.
- Não, tudo bem. - respondi. - Posso começar? - Perguntei.
- Pode.

Respirei fundo, e comecei:

- Quando desci para tomar café, e voltei ao meu quarto, percebi que o Coração de Ouro não estava na calça. O que encontrei lá foi esse bilhete.

Falei, retirando o bilhete do bolso - esperando que ele também não tivesse sido roubado.

- Que ótimo. - Falou Anna depois de analisar o bilhete, passando para a mãe. - Temos até sexta-feira Às 12:00 para entregar a Carolina a Ballwer.

- Você quer dizer que esse tal de Wi... que aparece em meus sonhos, ou melhor, pesadelos, significa Ballwer?
- É outro nome dado à essa bola. Não posso falar o que é agora.
- Tá, tudo bem. - Falei, conformando-me.
- O fato é que devemos encontrar o coração o mais rápido. - falou Mary.
- Ou...?
- Ou vocês dois morrerão sexta-feira. - Falou a menininha.
- Que legal... É... - Falei, confuso.
- Maliazinha. - respondeu a menininha.

Que tipo de mãe colocaria o nome de uma filha Maliazinha?

- Que legal, Maliazinha. - falei.
- É Mariazinha. - Falou Anna.
- Ah, sim, que burro sou.

Paramos um pouco, e eu interrompi o silêncio.

- Bom, voltando ao que importa, com quem está a Ballwer atualmente?
- Com o Drocus. - Respondeu Mary.
- E Carolina com o nosso coração, certo? - falei.
- Sim. - Respondeu Mary.
- Mas e por que Carolina roubou o coração?
- Ela pensa que nós estamos com a Ballwer. - Falou Anna.
- Ou não, filha. - Continuou Mary. - Ela pode está nos usando apenas para conseguir a Ballwer, seja lá com quem estiver. Tipo "chefe" vendo seus criados fazerem o trabalho tortuoso.
- Hum... - Pensou Anna. - Pode ser.
- Hoje é quarta, e já escurece. Temos hoje a noite toda, amanhã o dia inteiro, e a metade de sexta-feira para pegar a Ballwer do Drocus e levar até a Carolina.
- Moleza! - Falou Anna com ironia.
- Mas não é tão simples assim. - Falou Mary.

Por que sempre tem que ter o "mas" o tal do "porém"? Que droga.

- Como a Anna disse, A Ballwer pertence ao conselho, ao mundo do bem, portanto, não podem ficar nem com Drocus, e muito menos com Carolina. Como pegaremos a Ballwer de alguém que tem energias negativas, e entregá-la para uma outra mesma pessoa com o mesmo tipo de intenções: coisas ruins?
- Em energia ruim, ao redor de pessoas do mal, ela pode simplesmente acabar com o nosso mundo. - Falou Anna.
- Então temos um mundo, seja lá qual for ele, para salvar. - Minha voz parecia mais confiável do que eu estava.

Continua...

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